Para o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino, as tarifas de eletricidade no Brasil têm subido de maneira consecutiva e alcançam hoje patamares que exigem um esforço das autoridades para tentar conter a escalada de preços.
A afirmação foi dada em audiência pública do órgão regulador, para revisão das tarifas da mineira Cemig-D, maior distribuidora do país em número de clientes, que pode resultar em uma elevação média de 25,8% nas contas em Minas Gerais.
No final de janeiro, a agência já havia sugerido aumentos de, em média, 15% para tarifas de distribuidoras do grupo Neoenergia que atendem Bahia e Rio Grande do Norte.
A inflação brasileira, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), fechou 2017 em 2,95%.
“Realmente, o valor da tarifa está atingindo um patamar muito preocupante. A gente precisa discutir isso de maneira mais efetiva”, afirmou Rufino, durante reunião de diretoria da agência nesta terça-feira.
As empresas do setor pediam uma elevação da taxa, para incentivar maiores investimentos, ou ao menos a manutenção do patamar atual.
Custos
Em Maceió, a audiência pública convocada pelo BNDES para discutir a privatização da Ceal foi realizada nesta terça-feira, 6, com forte clima de tensão e grande aparato policial.
A Eletrobrás Alagoas poderá ser privatizada ou liquidada. A empresa vem acumulando diversas dívidas ao longo dos anos, chegando ao montante de R$ 1,5 bilhão. A União pagou 50% referente ao valor da compra e não foi quitado os outros 50%. O valor chega a R$ 2 bilhões, que o Estado deverá recorrer na Justiça.
O governador Renan Filho (PMDB) assegurou que o governo tem não interesse em assumir novamente o comando da Companhia Energética de Alagoas (Ceal),
Nacionalmente, o custeio dos subsídios nas contas de luz deverá exigir cobranças de quase R$ 16 bilhões em encargos junto aos consumidores em 2018, contra R$ 13 bilhões em 2017.