Desde que se reelegeu, o deputado federal Arthur Lira (PP) vinha trabalhando para ser o novo presidente da Câmara dos Deputados. Chances sabia que tinha junto à turma do baixo clero. Mas, queria ser também o nome dos demais blocos de influência na Câmara.
A questão é que Lira esbarrou nas pretensões de Rodrigo Maia (DEM), atual presidente, e que quer manter o status. É sempre assim: quem tem o poder nas mãos não larga fácil. Se puder se perpetua.
Lira deu uma mergulhada e passou a trabalhar nos bastidores, silencioso e preciso, para viabilizar a sua candidatura. Ao contrário de JHC (PSB) que, também candidato, faz alarde de tudo. Ou seja, cada mergulho é um flash.
Agora, mesmo com o apoio do PSDB declarado a Rodrigo Maia, o deputado Arthur Lira percebe que suas chances aumentaram. Correndo por fora, ele tem inclusive a simpatia de um dos filhos do presidente Bolsonaro, colega seu de parlamento. O apoio de Eduardo Bolsonaro a Arhur só não foi fechado por que o PSL, partido dele, decidiu ficar com Maia.
Mas, a estratégia do grupo que apoia o deputado alagoano é justamente provocar um segundo turno na eleição da Câmara. Com isso, caberia a Arthur Lira convencer os atores do novo governo que é o parlamentar mais confiável para tocar as agendas mais duras do Palácio do Planalto.
Essa é a aposta. Se chegar ao segundo turno tem chances.
E se chegar à presidência da Câmara será, de fato, um trator.
Arthur Lira já desponta como nome mais forte para presidir a Câmara