26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Vídeo: Átila diz que governo faz genocídio na pandemia: “não quero pegar essa merda”

Biólogo mostrou dados e enfatizou a gravidade do cenário brasileiro para as próximas semanas se meses

Segundo o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino, o Brasil adotou uma estratégia “genocida” ao apostar na chamada imunidade de rebanho para combater a covid-19, o que possibilitou o surgimento de uma nova e mais perigosa variante do novo coronavírus.

A imunidade de grupo (também chamada imunidade de rebanho) ocorre quando uma parcela grande o suficiente da população desenvolver uma defesa imunológica contra o coronavírus.

Além de negar a eficácia do esforço pela imunidade de rebanho ou qualquer tipo de tratamento precoce contra a Covid-19, Átila ressaltou ainda, em live nesta terça (2), a importância da vacinação nesta pandemia e os casos de sucesso no mundo.

Portanto, nesse cenário atual, a doença não consegue se espalhar porque a maioria das pessoas é imune e ela passa a ter grande dificuldade para encontrar alguém suscetível.

Como se não fosse o bastante, ele lembrou que os contaminados pela cepa original não estão imunizados contra a nova variante, que é mais contagiosa e mais letal, especialmente entre pessoas de 18 e 51 anos.

O problema dessa estratégia, apontado desde o início por especialistas, é que ela teria um enorme custo humano e muitas mortes aconteceriam até que uma eventual imunidade de rebanho fosse alcançada.

A situação piora com o fim de leitos disponíveis, já que com o acelerado contágio no país, é cada vez maior o número de pessoas que precisam de atendimentos na UTI. E o colapso na rede hospitalar pode repetir o cenário de Manaus em outras cidades do Brasil.

Outra questão importante nesse sentido é que não se sabe por quanto tempo a imunidade de alguém infectado pelo Sars-CoV-2 dura, se ela é de curto, médio ou longo prazo.

Em meio ao que especialistas consideram o pior momento da pandemia no país, Iamarino defende a adoção de um confinamento mais rígido e a aceleração da vacinação. Ele criticou ainda o governo federal, que acusa de ter “sabotado” Estados e municípios.