28 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Mundo

Bolsonaro na ONU ataca França, Venezuela e Cuba

Presidente fez discurso para a corrente ideológica que apoia o seu governo

Bolsonaro na tribuna da ONU faz discurso agressivo

Na 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente jair Bolsonaro (PSL) fez um discurso ideológico, agressivo e atacou a França, Venezuela e Cuba, nesta terça-feira, 24.

Pressionado pelas criticas que a imprensa mundial tem feito ao governo, Bolsonaro disse que vinha “apresentar o novo Brasil que ressurge depois de ter ficado à beira do socialismo” e que seu governo tenta reconquistar a confiança do mundo.

No discurso atacou os governos anteriores ao dele e apresentou na ONU o Brasil como um País maravilhoso para todos. os defeitos, segundo disse, foram colocados pela mídia.

— Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou em uma situação de corrupção generalizada — disse o presidente, citando como exemplo o programa Mais Médicos, assinado em 2013 entre o “governo petista e a ditadura cubana”, que o definiu como “trabalho escravo”, levando a delegação cubana a deixar o recinto. — Os que decidirem ficar devem se submeter à qualificação médica. Deste modo, nosso país deixou de contribuir para a ditadura cubana enviando US$ 300 milhões por ano .

Bolsonaro, que protagonizou um bate-boca público com Emmanuel Macron, não citou diretamente o nome do presidente francês em meio aos incêndios na Amazônia, mas rebateu críticas de outros países e criticou interesses externos “disfarçados de boas intenções”. O presidente brasileiro afirmou que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio à preservação da floresta devia ser tratado em pleno respeito à soberania brasileira.

Ao rebater críticas à política ambiental brasileira, o presidente disse é uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da Humanidade e que representa o pulmão do mundo e deplorou que “outro país”, baseado em “mentiras da imprensa internacional tenha se portado de forma desrespeitosa e colonialista, atacando nossa soberania”. O presidente destacou que 14% do território do país são compostos por áreas de proteção aos indígenas.