3 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Bolsonaro não se contem e após acordo diz ter “mais poder que Maia”

Presidente afirmou ter mais poder do que o presidente da Câmara por conseguir editar decretos com sua caneta

De forma velada, ainda há uma disputa de poderes entre Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro (PSL) resolveu medir o tamanho das canetas e decidiu que a dele é a maior. No mesmo dia em que se reuniu com os chefes do Legislativo e Judiciário, o presidente afirmou ter mais poder do que o presidente da Câmara por conseguir editar decretos.

“Hoje pela manhã tomando café com Dias Toffoli, Alcolumbre e Maia eu disse para Maia: com a caneta eu tenho muito mais poder do que você. Apesar de você, na verdade, fazer as leis, eu tenho o poder de fazer decreto. Logicamente decretos com fundamento”. Jair Bolsonaro, presidente do Brasil.

A declaração foi feita pelo presidente em evento, em Brasília, pelo lançamento da Frente Parlamentar da Marinha Mercante. Ele disse ter feito a declaração durante café da manhã no Palácio da Alvorada na manhã desta terça, antes do acordo entre poderes, com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do STF, Dias Toffoli, para por fim a uma crise institucional.

Um pacto entre os três poderes pelo Brasil é acertado em Palácio

O documento, que está sendo preparado pela equipe da Casa Civil em cima de um texto organizado por Toffoli ainda em 2018, logo depois de assumir a presidência do STF, deve ser formalizado em uma cerimônia até o dia 10 de junho, no Palácio do Planalto.

Onyx explicou que a aprovação da reforma da Previdência estará entre esses projetos considerados prioritários para os chefes dos três Poderes. Maia e Alcolumbre são defensores da reforma e Toffoli, ao abrir o ano do Judiciário, em fevereiro deste ano, também defendeu a reforma em seu discurso.

No mesmo dia, Bolsonaro precisou agir para garantir no Senado que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) não ficasse no ministério da Justiça, de Sergio Moro, como havia definido a Câmara. Isso porque a revisão provocaria um efeito cascata a anularia uma outra importante medida provisória: a da redução ministerial.

Presidente agora precisou abrir mão de entregar Coaf para Moro