24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

CPI convoca Ricardo Barros e ex-secretário de Saúde de Maceió, Adeílson Loureiro

Loureiro foi titular da Saúde em Maceió na gestão de Cícero Almeida e ocupou a secretaria-geral do Ministério da Saúde

Erramos: Loureiro ocupou a secretaria-geral na gestão do ministro Gilberto Occhi

Foi aprovado na manhã desta quarta (30), antes do “depoimento” de Carlos Wizard na CPI, a convocação do médico Adeílson Loureiro, ex-secretário de Saúde, de Maceió. Ele foi titular da Saúde em Maceió na gestão de Cícero Almeida e ocupou a secretaria-geral do Ministério da Saúde na gestão do ministro Gilberto Occhi.

Loureiro está entre os 21 convocados de hoje. Na lista, estão o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. A portaria de exoneração de Dias foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União

A convocação de Barros, marcada para o dia 8 de julho, foi motivada pelo depoimento do deputado Luís Miranda (DEM-DF) ao colegiado na semana passada.

Na ocasião, o parlamentar afirmou ter avisado o presidente Jair Bolsonaro sobre suspeita de corrupção nas negociações para compra da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O presidente teria citado Barros como alguém envolvido no caso. O parlamentar nega envolvimento.

Ainda de acordo com o cronograma aprovado hoje, o deputado Luís Miranda voltará à CPI na próxima terça-feira (6). Desta vez, em reunião secreta do colegiado, ele deverá dar detalhes aos senadores sobre uma afirmação feita por ele, à revista Crusoé, de que teria recebido proposta de propina para não atrapalhar as negociações para a compra da vacina Covaxin.

A CPI da Pandemia também vai ouvir, no dia 7, Roberto Dias. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o então diretor do Ministério da Saúde teria tentado negociar propina de US$ 1, por dose, na aquisição de 400 milhões de imunizantes.

Próximos depoimentos

Amanhã (1º) será a vez de o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano ser ouvido pela CPI. A empresa é a intermediária entre o governo federal e o laboratório indiano Bharat Biotech na aquisição do imunizante Covaxin.

Na sexta-feira (2) está marcada a oitiva de Luiz Paulo Dominguetti, da Davati Medical Supply. Foi ele que falou ao jornal Folha de S.Paulo sobre a suposta cobrança de propina para a compra de vacinas por parte do governo federal.

Segundo o jornal, Dominguetti disse que apresentou proposta para vender a vacina AstraZeneca ao governo por US$ 3,50 a dose, e que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde teria proposto superfaturar o valor das vacinas em US$ 1 por dose para fechar o acordo.

Lista de convocados:

– Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados
– Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde
– Marcelo Bento Pires, coordenador de logística do Ministério da Saúde
– Regina Célia Silva Oliveira, servidora do Ministério da Saúde
– Thiago Fernandes da Costa, servidor do Ministério da Saúde
– Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply no Brasil
– Cristiano Alberto Carvalho, procurador da Davati Medical Supply no Brasil
– Rodrigo de Lima, funcionário do Ministério da Saúde
– Rogério Rosso, ex-deputado e diretor da União Química
– Robson Santos da Silva, secretário de saúde indígena do Ministério da Saúde
– Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos
– Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos
– Antônio José Barreto de Araújo Junior, ex-secretário executivo do Ministério da Cidadania
– Danilo Berndt Trento, sócio da empresa Primarcial Holding e Participações LTDA
– Emanuel Catori, sócio da Belcher Farmacêutica
– Gustavo Mendes Lima, gerente de medicamentos da Anvisa
– Luciano Hang, dono da rede de lojas varejistas Havan
– Antonio Jordão de Oliveira Neto, médico
– Adeílson Loureiro Cavalcante, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
– Silvio de Assis, empresário