As eleições para a Câmara Municipal de Maceió este ano, como já era de se esperar, tende a ser uma das mais caras da história das capitais nordestinas.
O cenário da disputa, envolve efeitos naturais, crimes ambientais e contra a vida, além da barganha intrínseca. Um roteiro de conivências, desalento, mas também de lutas.
Assim, quem já tem mandato tem lastro e, portanto, larga na frente. Em todo o caso, entre os que lá estão, há uns poucos que não conseguirão a reeleição.
E aí candidatos e candidatas há para todos os gostos. Uns mais e outros menos afoitos. Via de regra, quase todos, pensando pura e simplesmente no “status quo” que o poder oferece.
Mas, no processo eleitoral, há também pessoas bem intencionadas e com foco em mudar paradigmas dentro do sistema de governo e nas relações entre os poderes constituídos.
Entre os nomes novos que estão surgindo para a disputa de uma vaga de vereador, está o do Pastor Wellington, da Igreja do Pinheiro, o velho bairro destruído pelas minas da Braskem.
O pastor será candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e, certamente, vai levar para a campanha todo o legado da luta que encampou com algumas lideranças do bairro, para forçar a mineradora a reparar danos as famílias do Pinheiro e das demais áreas atingidas pela Braskem.
Mas, além disso, ele garante que quer desenvolver um debate comprometido com as causas sociais, para que a capital alagoana seja fortalecida como uma cidade plural, onde as religiões sejam devidamente respeitadas, como determinam a Constituição e o estado estado laico em que vivemos.
Trata-se, enfim, de voz e propostas democráticas, com vies diferenciado.
Mas, tal como a mineração, resultado de eleição só sabe mesmo após a apuração.