3 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Embaixadas brasileiras e Jair Bolsonaro são alvos de protesto pelo mundo

Manifestantes estão preocupados com o aumento no número de queimadas e de desmatamento

Protestos em defesa da Amazônia em pelo menos dez cidades da Europa e da Ásia tiveram o presidente Jair Bolsonaro (PSL) como principal alvo. Mais defesa da floresta é a principal reivindicação dos manifestantes, preocupados com o aumento no número de queimadas e de desmatamento. Há até quem peça a renúncia dele.

Os protestos aconteceram em frente às Embaixadas do Brasil em Londres (Reino Unido), Paris (França), Madri (Espanha), Dublin (Irlanda), Berlim (Alemanha) e no Consulado Brasileiro em Genebra (Suíça) e em Nápoles (Itália).

Com convocação dos movimentos como Extinction Rebellion e Fridays for Future, também há registro de protestos em frente à Embaixada do Brasil em Mumbai, na Índia, na praça Dam, localizada no centro de Amsterdã (Holanda), e no centro de Barcelona (Espanha). No Brasil, há protestos convocados para hoje e para o fim de semana em pelo menos 40 cidades.

Cartazes

Em Londres, os manifestantes carregavam faixas e cartazes em defesa da Amazônia e da causa ambiental. Também havia placas contra Bolsonaro: uma delas mostrava uma foto do presidente com pulmões no formato de uma floresta pegando fogo.

Algumas possuem os dizeres “negligência = genocídio”. Alguns manifestantes também pediram a renúncia de Bolsonaro. Em um vídeo, eles entoavam gritos de “Bolsonaro has got to go” (“Bolsonaro tem de sair”).

Em Paris, manifestantes exibiram uma bandeira do Brasil com os dizeres “fora Bolsonaro” e “fora piromaníaco”. Outros cartazes pediam o fim da “matança” da floresta. Há também manifestações que pediam a saída de Bolsonaro da presidência, a realização de eleições gerais e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ontem, o presidente da França, Emmanuel Macron, usou o Twitter para classificar as queimadas na Amazônia como uma “crise internacional”. Ele cobrou que os líderes do G7 tratem urgentemente do tema. “Nossa casa está queimando”, escreveu. Ele foi chamado de idiota por Eduardo Bolsonaro, que quer ser embaixador.

Hoje, foi a vez de a chanceler alemã Angela Merkel dizer que os incêndios na Amazônia constituem uma “situação urgente” que deve ser discutida durante a cúpula do G7.

O G7, grupo formado por líderes dos EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão, se reúne na cidade de Biarritz (França) neste fim de semana.