28 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Blog

Feminicídio é a materialização do ódio pelo macho que se acha ‘valentão’

Do tipo que mata a mulher a facadas em plena noite de Natal, diante das filhas

A violência contra mulheres tem crescido no País às vista de todos

Não são mais  necessárias pesquisas sofisticadas para se perceber que a violência contra a mulher no Brasil vem se agravando, em meio a uma sociedade doente e perversa.

Os casos de feminicídios pipocam pelo País e independem da condição social da vítima do macho “valentão”.

Partem exatamente dos que não querem entender que o avanço das mulheres na conquista de espaços, antes dominado pelos homens, deveria ser comemorado com orgulho por todos.

A igualdade de direitos em todos os campos é uma necessidade e uma luta que não pode retroceder.

Mas, há os que se sentem incomodados com o empoderamento feminino. Negam, revoltam-se e matam.

Mata-se a trabalhadora rural do corte da cana em regiões do Nordeste, como também se mata a autoridade de áreas sofisticadas como o sul do País.

É o caso da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, da 24ª Vara Cível do Rio de Janeiro, morta por seu marido a golpes de faca e na frente das filhas.

Ela foi morta na noite de Natal do ano passado.

O caso deixou o Brasil, ou grande parte dele, estarrecido. O marido assassino é um engenheiro.

Tragédias como essa têm elevado o número de feminicídios no País, onde a sociedade perdeu as referências de civilidade, urbanidade e de amor ao próximo, para dedicar-se ao culto à barbárie.

Há até quem estimule isso nos dias de hoje.

O pior é que não se vislumbra uma mudança cultural nessas relações entre homens e mulheres, que possibilitem uma alteração real na formação educacional das novas e futuras gerações.

Feminicídio é a  materialização do ódio.

E, lamentavelmente, nesses tempos sombrios, onde a meta deveria ser manter em alta a esperança na amorização universal. E não há por que desistir.

Há que se dizer serenamente: Sigamos juntos mulheres, há sempre um outro lado da rua…

E viva o 8 de março.