O presidente Jair Bolsonaro (PSL) saiu de uma reunião com o Secretário de Comércio dos EUA se dizendo preocupado com possíveis armadilhas no acordo entre Mercosul e União Europeia atrapalhem a tratativas comerciais com os americanos.
Para ele, há um receio de que o acordo do bloco sul-americano com os europeus atrapalhe o Brasil na assinatura de um tratado comercial com os EUA. O tratado havia sido assinado no fim de junho deste ano, colocando fim a mais de 20 anos de negociações.
Quando questionado sobre o que poderia atrapalhar as tratativas com os EUA, em sua maioria em ganhos com trocas de armamentos e itens militares, Bolsonaro, claro não respondeu:
“Nós estamos começando o acordo. Estamos um olhando para o outro ainda. Nós passamos praticamente 15 anos com o Mercosul voltado como um instrumento ideológico para fazer a grande América do Sul bolivariana. E estamos desfazendo isso aí”. Jair Bolsonaro, presidente.
Jornais franceses criticaram o cancelamento da reunião do presidente Jair Bolsonaro com o chanceler do país, Jean-Yves Le Drian, anteontem. As publicações qualificaram como “humilhante” e “esnobe” o fato de o presidente ter cancelado por “questões de agenda” e ter aparecido na sequência em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, feita enquanto cortava cabelo.
O questionamento sobre o corte de cabelo foi alvo de mais uma mentira de Bolsonaro no Twitter: ele destorceu os fatos e não mencionou ter desmarcado com os francês.
– Confesso, estou com vergonha da Folha de São Paulo. pic.twitter.com/KCQewAxBzE
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 30, 2019
No mesmo dia (29), os detalhes da missão do Consórcio do Nordeste na Europa foram discutidos entre os governadores, o ministro de Negócios na França, Jean Yves, e o embaixador do país no Brasil, Michel Miraill
EUA
O presidente dos EUA, Donald Trump, sacramentou a promessa que fez ao presidente Jair Bolsonaro em março e designou nesta quarta-feira (31) o Brasil como um aliado preferencial extra-Otan.
Segundo o documento, o novo status diz respeito ao controle de exportação de armas. Com isso, o país passa a ter acesso à cooperação militar e transferências de tecnologia com os americanos.
O Brasil terá ainda prioridade para receber de graça ou a preço de custo “artigos de defesa em excesso”, equipamentos que não são mais utilizados pela Defesa americana ou em estoque excessivo.