O jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, deve ir à Câmara dos Deputados nesta semana falar sobre a Vaza Jato. Também estava prevista a participação do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), mas o ex-juiz da Lava Jato não deve comparecer.
Eles foram convidados a prestar esclarecimentos sobre os vazamentos de conversas atribuídas a Moro, nas quais o ex-juiz federal aparece direcionando ações do coordenador da operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.
GREENWALD NA CÂMARA
Amanhã (25/06) às 15h a Comissão de Direitos Humanos da Câmara recebe em audiência pública o jornalista @ggreenwald para debater as ilegalidades divulgadas sobre a Operação Lava Jato.
Moro também foi convidado para comparecer na quarta. Ontem, desistiu de ir
— Patrus Ananias (@Patrus_Ananias) 24 de junho de 2019
Nesta terça-feira (25), está marcada a participação de Greenwald em reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, às 15h. A audiência será transmitida pelo Facebook e YouTube da comissão e canais da TV Câmara.
O convite a Greenwald foi proposto por Daniel Silveira (PSL-RJ), o mesmo que quebrou a placa de Marielle Franco, vereadora assassinada, no Rio de Janeiro. Quando percebeu que o anseio dos deputados da esquerda em receber o jornalista da Vaza Jato, ele voltou atrás ao pedido, mas já havia sido tarde demais. A situação toda foi um desastre tragicômico.
O convite então foi refeito pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB-AP), Carlos Veras (PT-PE), Márcio Jerry (PC do B-MA) e Túlio Gadelha (PDT-PE). Eles afirmam que as reportagens publicadas por Greenwald “jogam dúvidas contundentes sobre a imparcialidade na atuação do Juiz Sérgio Moro”.
Moro não vai
Moro está em viagem nos Estados Unidos desde sábado. Sua assessoria não confirmou que ele não irá à Câmara, mas disse que só retornará ao Brasil na quarta feira (26), data em que estava prevista a participação. Ele já havia aceitado o convite.
O ministro já esteve voluntariamente no Senado na semana passada, quando disse que, se forem encontradas irregularidades em seu comportamento enquanto juiz da Lava Jato, deixará o cargo no governo.