Alagoas de luto, novamente, com a morte do do jornalista, escritor, poeta e dramaturgo, Pedro Onofre (82 anos), ocorrida na noite de ontem. O velório está ocorrendo no Parque das Flores e o sepultamento acontece às 16 horas. A família não divulgou as causas da morte.
Em comunicado à imprensa, a Universidade Federal de Alagoas lamentou a perda, destacando a importante contribuição artística de Onofre ao Estado de Alagoas.
Doutor Honoris Causa da Ufal, Onofre fundou o Centro de Estudos Cinematográficos de Alagoas e dedicou sua vida ao teatro, ao rádio e à literatura, e destacou-se como diretor de 29 espetáculos, além de atuar na gestão de instituições e órgãos culturais do Estado.
Os palcos do teatro receberam o ator Pedro Onofre em quase duas dezenas de peças, entre as quais destacam-se “A história de Noé”; “Cabaré” de Karl Valentin; “A Beata Maria do Egito” de Rachel de Queiroz; e “O idiota” de Fiódor Destoiévski.
Dirigir espetáculos foi uma das paixões do poeta que mostrou o talento em “Terra maldita” (de sua autoria, também encenou aos 70 anos de idade sendo a peça de maior sucesso de público); “O Galo de 3 pernas”; “Os fuzis da senhora Carrar”; “Lampião” e “O Auto da Compadecida”.
No cinema, Pedro Onofre transformou “Terra maldita” em longa-metragem, precedido por “O suicídio” (2007); “Homens e feras” (1995) e “Nas trevas da obsessão”(1970). O currículo também é recheado com outras seis obras no formato de documentário, além de publicações literárias e artigos em jornais.
Recentemente, Pedro Onofre teve participação no filme independente Em busca da Tronco, do cineasta alagoano Joaquim Alves, que narra a história de um padre com Esclerose Lateral Amiotrófica (Ela).
Em nota nas redes sociais, Sérgio Onofre, professor da Ufal, ressaltou a paixão do pai dele pela produção artística e pela família. “Ele foi com a paz e a tranquilidade de quem cumpriu sua missão, de quem criou e viu seus filhos e filhas formados e encaminhados na vida, além de netos e netas percorrendo caminhos similares. Com a certeza de quem produziu, e produziu muito, e em quase todos os campos e linguagens artísticas”,