19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Neonazistas, negacionistas, propineiros, milicianos: O Brasil ainda tem jeito?

População não tem o luxo de por a mão no fogo por ninguém, mas insiste em vestir a camisa justamente dos piores dos piores

Enquanto acompanha as notícias relacionadas ao Brasil, você já se pegou pensando “agora vai” depois de topar com uma informação que poderia mudar para melhor o futuro da nação? Seja esse fato algo muito positivo “pro seu lado” ou extremamente negativo para os “adversários”?

Isso pode ser nos campos de ciência, saúde, economia, esporte ou, claro, política: você já deve ter topado com aquela notícia que por um momento o fez feliz e o permitiu vislumbrar uma melhora de nossa crise constante. Da mesma maneira, a realidade deve ter chegado como que com um soco na cara e o trouxe de volta a si com novas decepções e uma certeza: as coisas continuarão do mesmo jeito.

Insisto: não importa no que ou em quem você acredita. Seja de direita ou esquerda, mais ao centro ou nos extremos. Religioso ou ateu. Liberal ou conservador. Não deve ser muito diferente no mundo, mas a população do Brasil vive um caso peculiar: cidadão nenhum está ganhando. Todos engolem os dividendos enquanto a classe política toma mais pra si as rédeas egoístas da situação.

Tudo bem se você realmente acredita (ou foi levado a acreditar) que o país sofre uma ameaça comunista em pleno século XIX. É direito seu. Mas não tenho paciência para quem passa a mão para neonazista. Coisa básica: nazismo não.

Seja por desinformação ou pura ignorância, há também quem queira inventar contra uma pandemia. Usar remédio de verme para matar vírus ou se recusar a tomar vacina por burrice e teimosia individual faz parte. Mas chegar em uma posição de poder e abusar dele para adotar seus ideais insensatos são um crime. Chama-se genocídio.

A coisa piora quando as vacinas são negociadas com propinas. Por puro interesse financeiro individual ou partidário. Não há nem palavras: é uma indecência. Algo hediondo que vem sendo recebido até com parcimônia pela população.

População em parte que, quando vai as ruas, briga pelo voto “auditável”. O voto eletrônico já é comprovadamente seguro e todas as provas são mentiras safadas contadas por gente que, surpresa, que manter os bolsos ricos.

Gente que hoje ganha até R$ 100 mil reais mensais, civis ou militares, e leva seu gado às ruas para brigar pela causa deles. E que motivam um exército pessoal que se armou com discursos de ódio e munição letal, estando prontos para ir a luta “contra o sistema”. O detalhe: eles já são o sistema.

E não há número suficiente para esta mudança de cenário, pois, em maioria, independente de qual esfera, todos são corruptos ou corruptíveis. Querem mais cargos, mais dinheiro, mais tempo no poder.

Gente que colocamos lá. Gente que temos o direito de tirar, mas até isso vem sendo retirado. Gente que quer se manter mesmo roubando, enquanto fazem reformas para trabalharmos mais, recebermos menos e gastar descontroladamente. É frustrante e indecente.

Observe essa dica: quando topar com uma notícia ou informação que te empolgue, a ponto de pensar “agora vai”, pense novamente. Nada vai mudar. Na verdade, pode é continuar piorando. Não duvide, pois mesmo em um país com tantos políticos corruptos e mentirosos, há quem ainda coloque a mão no fogo por eles. “Agora vai é piorar”.