A elite vive de proteger os seus. O resto é o resto. Ou seja não é e nem será prioridade nunca. A história tem revelado esse fundamento.
Uma vez no poder, a elite não atua de outra maneira que não seja a defesa dos seus próprios interesses.
Os melhores empregos para os de sua classe. Os melhores salários, idem. A melhores mamatas também. Mas, a qualquer questionamento a resposta vem em voz de trovão: -Aqui prevalece a meritocracia.
Foi assim, com base na tal meritocracia, que o governo de Minas Gerais, agora na pandemia, decidiu instituir uma gratificação de até R$ 6 mil reais para os médicos que estão atuando no tratamento de pacientes com coronavírus. A mídia fez o estardalhaço pelo reconhecimento do governo.
No entanto, o senhor governador Romeu Zema (Partido Novo), um dos maiores representantes da elite mineira, simplesmente esqueceu de gratificar os profissionais de enfermagem. Ora, a jornada de trabalho e os riscos enfrentados pelos enfermeiros talvez sejam maiores.
Mas, Zema, em sua ação seletiva, só viu os médicos.
Se a história mostra a perversidade da elite com os que podem menos, desde antigamente, hoje esse grau é muito mais crescente.
São as intempéries dos tempos sombrios para os trabalhadores.
Os seja, os governantes fazem questão de não observar que há vida também no outro lado da rua.