#PropinaNaBunda Bolsonaro tem "quase uma união estável" com o senador, tem tb união estável com a MICHEQUE que recebeu 89 mil reais do Queiroz!!! 🤣🤣🤣 pic.twitter.com/pbkzUoZTko
— Cláudia mortari Schmidt (@MortariSchmidt) October 15, 2020
A Polícia Federal encontrou R$ 30 mil na cueca do vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), nesta quarta-feira, 14, em Boa Vista.
Alvo de operação por desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19, oriundos de emendas parlamentares, os valores descobertos na casa do senador chegariam a R$ 100 mil. Incluindo o que ele tentou esconder na bunda.
Em nota à imprensa, Rodrigues disse que tem “um passado limpo e uma vida decente” e afirmou nunca ter se envolvido em escândalos.
“Acredito na justiça dos homens e na justiça divina. Por este motivo estou tranquilo com o fato ocorrido hoje em minha residência em Boa Vista, capital de Roraima. A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate ao Covid-19 para a saúde do Estado”. Chico Rodrigues, senador com dinheiro escondido na cueca.
Bolsonaro
Vale lembrar, na semana passada o presidente Jair Bolsonaro anuncio o fim da Lava Jato, pois não havia mais corrupção em seu governo. E foi além, para delírio de seus apoiadores, ao dizer que “daria uma voadora” em quem seguisse fora da linha.
Por enquanto, Rodrigues deve deixar o cargo de vice-líder do governo. O argumento é que seria péssimo para a imagem de Bolsonaro manter o senador nesse posto depois do escândalo. A expectativa é a de que o próprio parlamentar entregue o cargo.
Bolsonaro diz que “acabou com a Lava-Jato” porque não existe mais corrupção no governo pic.twitter.com/smoKDxn1aK
— Samuel Pancher (@SamPancher) October 7, 2020
Desvio de recursos
A ordem de busca e apreensão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, como parte da investigação que apura indícios de irregularidades em contratações feitas com dinheiro público, que teriam gerado sobrepreço de quase R$ 1 milhão.
A Controladoria-Geral da União (CGU), que também faz parte da investigação, disse que a operação Desvid-19, realizada em Roraima, apura o “desvio de recursos públicos por meio do direcionamento de licitações”.
Ainda segundo a CGU, as contratações suspeitas de irregularidades, realizadas no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde, envolveriam aproximadamente R$ 20 milhões que deveriam ser utilizados no combate ao novo coronavírus.