28 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Queiroz apareceu: quem o encontrou foi a revista Veja

Nem a polícia federal, nem o ministério público, nem a justiça e muito menos a polícia do Rio sabiam dele.

Queiroz: considerado o rei do esquema dos laranjas no gabinete de Flávio Bosonaro

Procurado por todo o País, Fabrício Queiroz – o homem da operação da lavagem de dinheiro dentro do gabinete do ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL) – há 8 meses andava sumido para não depor sobre o caso onde ele e o patrão, o filho 01 do presidente Jair Bolsonaro, são acusados de corrupção.

Queiroz, no entanto, foi encontrado no bairro do Morumbi em São Paulo, região da elite paulista. Foi a reportagem da revista Veja que o achou. Em síntese, a revista fez o que o que a Polícia Federal não conseguiu: encontrou o caixa geral da família  Bolsonaro. O homem foi encontrado quando s dirigia a mais uma consulta médica no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no último dia 26.

Mas, o sumiço dele não é por acaso. Está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro que ocorria na Assembleia Legislativa do Rio quando o filho de Jair Bolsonaro era deputado estadual. Queiroz movimentou R$ 7 mihões em de 2014 a 2017, de acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

A Polícia Federal do Rio de janeiro resolveu investigar o caso. O presidente Jair Bolsonaro tratou de afastar o superintende da PF no Estado, Ricardo Saadi. O esquema de corrupção foi descoberto pelo COAF, órgão de fiscalização de operações financeiras da Receita Federal. Bolsonaro tratou logo de acabar com o COAF.

Segundo a revista, Queiroz está se tratando de uma neoplasia com transição retossigmoide, o mais comum entre os tumores de intestino. “O ex-assessor de Flávio Bolsonaro continua tendo acesso ao que há de melhor em termos de medicina para esse tipo de tratamento no Brasil. Tome-se como exemplo a unidade visitada por ele na segunda-feira 26. Inaugurado em 2013, o Centro de Oncologia e Hematologia do Einstein consumiu investimento de 32 milhões de reais em equipamentos. São quatro andares distribuídos por 6 500 metros quadrados. Oferece consultas e serviços na área oncológica, como quimioterapia e radioterapia. De acordo com uma pessoa próxima, Queiroz tem sofrido com novos sangramentos. Na hipótese mais benigna, pode ser culpa de alguma lesão no local, causada por tratamentos anteriores. Outra possibilidade, bem mais preocupante, é a de que seja um sinal da volta do câncer”. A reportagem de Veja procurou o ex-caixa, mas ele recusou-se a falar.