Por não ter sido eleito o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, o senador Renan Calheiros (MDB) renunciou a continuar membro da comissão.
Em votação, a CPI escolheu para relator o senador Rogério Carvalho (PT-SE).
A renúncia do senador alagoano foi uma surpresa para os membros da comissão, considerando que ele foi o autor do requerimento da CPI, bem como pelo fato de ter sido o principal ativista para a instalação do processo de investigação parlamentar.
Renan agradeceu aos parlamentares que acolheram a CPI e manifestou agradecimento aos maceioenses que o incentivaram na comissão. Disse ele que foi em nome de 150 mil vitimas que se moveu pela comissão.
Segundo ele, em Alagoas houve um pacto criminoso em função do maior desastre ambiental em zona urbana do mundo. Disse ainda que Maceió é hoje uma cidade sitiada pela “ação criminosa de uma mineradora”.
Ele destacou o cenário desolador de bairros arrasados em Maceió, como se tivesse vivido uma guerra onde só um lado atirou. Para ele, Maceió é uma caverna fantasmagórica e um cemitério de lembranças.
A justificativa
Ao justificar sua saída da CPI, ele disse que “não emprestarei o meu nome para simulacros investigatórios. Jogos de cartas marcadas sempre acabam com a ruína de um castelo de cartas”.