Problemas no abastecimento das aeronaves, nas esteiras de bagagens, nas obras de recuperação dos finger’s, com riscos iminentes de acidentes, levaram equipes de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego em Alagoas (MTE-AL) a interditar serviços fundamentais ao funcionamento do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió, durante fiscalização realizada nesta quarta-feira (17).

Por falta de segurança dos trabalhadores que atuam nos caminhões utilizados no transporte do combustível, o abastecimento das aeronaves foi suspenso. Na avaliação dos fiscais, há riscos iminentes de acidentes, inclusive de explosão dos vasos de pressão. Com isso, as aeronaves que chegam a Alagoas só poderão seguir viagem se tiverem combustível suficiente.
Também foram interditadas as esteiras de entrega de bagagem, devido à dificuldade de acesso dos operadores ao controle liga-desliga desses equipamentos; e as obras de manutenção das quatro passarelas que ligam o aeroporto ao interior das aeronaves (figer), também tiveram que parar porque, na avaliação dos auditores fiscais do MTE, elas não atendem aos padrões de segurança exigidos, representando riscos iminentes de acidentes com trabalhadores.
Ao todo, 15 autos de infração foram lavrados, incluindo empresas terceirizadas que prestam serviço ao aeroporto de Maceió. O prazo das interdições não foi definido. Mas os auditores do MTE alertam que, para a liberação, várias adequações terão que ser feitas em nome da segurança dos que ali trabalham.
PASSAGEIROS
Embora o foco da fiscalização do MTE tenha sido os trabalhadores, não são apenas estes que se expõem a situações de risco no Aeroporto Zumbi dos Palmares.
No embarque e desembarque das aeronaves, passageiros também correm riscos de acidentes, transitando entre máquinas, veículos e aeronaves estacionadas.
Há muito tempo, os quatro figer’s do aeroporto de Maceió não funcionam, e são raras as situações em que o transporte entre o saguão e as aeronaves é feito de ônibus. Em geral os passageiros – adultos, crianças, pessoas idosas e com dificuldade de locomoção – fazem o percurso a pé e, o que é pior, em meio ao movimento de equipamentos pesados.
PS: O Eassim aguarda resposta da Infraero, a solicitação de posicionamento sobre a decisão do MTE e sobre os problemas apontados no aeroporto de Maceió.