7 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Rui Palmeira espera “verdade” no laudo da CPRM e que culpados sejam punidos

Queremos que o Ministério de Minas traga a verdade e puna quem tiver que punir

Rui Palmeira aguarda pelo laudo da CPRM

O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), tem a expectativa que o laudo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), sobre as causas das rachaduras nos bairros de Pinheiro, Bebedouro e Mutange, permita punir os possíveis responsável pelos problemas na região.

O laudo, que será divulgado nesta quarta-feira (08) durante uma audiência pública, na sede da Justiça Federal e deveria ser entregue na semana passada, mas foi adiado para a revolta do prefeito, precisa apresentar a “verdade para todo a população”, como defende Palmeira.

“Queremos que o Ministério de Minas traga a verdade e puna quem tiver que punir”. Rui Palmeira, prefeito de Maceió.

Adiamento

O prefeito, que declarou estado de calamidade pública nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, se mostrou perplexo e indignado com o adiamento da divulgação do relatório do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) sobre as rachaduras nos bairros.

A data original seria no dia 30, o que criou muita expectativa para os moradores da região. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) já teria encerrado os estudos, mas o ministério informou uma nova data de entrega, que contará ainda com a presença dos técnicos na Capital para apresentar o laudo em uma audiência aberta:

O Ministério das Minas e Energia comunica que realizará audiência aberta para divulgação do respectivo Relatório da CPRM, no dia 08 de maio, às 9 horas, no auditório da Justiça Federal, situado na Avenida Menino Marcelo, s/n, Serraria, em Maceió/AL. Com base na Portaria 20, de 11/01/2019, do Ministro de Estado de Minas e Energia.

A data de entrega nesta quarta havia sido prometido em audiência no Senado (leia tudo sobre ela clicando aqui).

CPRM prometeu entregar relatório na terça-feira

Evacuação

Um documento, com cerca de 100 páginas, já havia sido elaborado com a participação das defesas civis Estadual e Nacional, detalhando a atuação para ações preventivas e também em caso de desastre.

“É importante cumprir com nossas obrigações legais. Se ocorrer um volume de chuva entre 30 e 40ml em uma hora, precisamos estar prontos para atuar. A gente espera que não aconteça, mas temos que ter o plano de evacuação pronto. É um trabalho em parceria com muita gente: Ministério Público Estadual e Federal, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública. Enfim, todo mundo unido para oferecer mais tranquilidade ao povo do Pinheiro”. Rui Palmeira, prefeito de Maceió.

No Pinheiro, onde as fissuras surgiram há mais tempo, os cenários de risco correspondem ao mapa de feições produzido pela CPRM, que classificou os locais em áreas vermelha, laranja e amarela.

A área vermelha, de maior risco, concentra 514 imóveis e mais de 1.900 moradores. A laranja possui quase 1.600 imóveis, e a amarela, 332. Pelo plano de contingência, são considerados fatores de risco ocorrências como o surgimento de rachaduras e buracos em terrenos, o desabamento de edificações ou o deslizamento de encostas.

Atraso

Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil se reuniram no escritório do Rio de Janeiro para a consolidação dos dados, debate dos resultados e elaboração do relatório sobre as origens da instabilidade do bairro Pinheiro na semana passada.

Isso após moradores, afetados por afundamento de solo e rachaduras nos imóveis da região, fizeram nesta quinta (25) um protesto na Avenida Moreira e Silva, no Farol, em frente à Praça do Centenário, pelo bloqueio de R$ 6,7 bilhões das contas da Braskem e pela divulgação do relatório final da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM)

One Comment

  • O que mais me indigna é que as residências de bebedouro nem ao menos foram vistoriadas, pessoas estão abandonando seus imóveis e a “Defesa Civil” apenas diz que não há previsão, se as casas de bebedouro não possuem risco, para serem áreas amarelas, laranjas ou vermelhas, me estranha a necessidade de um plano de contenção. Utilizam esse laudo como um “laranja” para levar a situação com a barriga. Até quando vão tratar a população com tanta indiferença?

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