28 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Ser direita ou esquerda não é problema, mas neonazistas fora das tocas sim

O atentado terrorista do atirador capixaba que matou 4 e feriu 11 é o sintoma de que os aloprados estão chegando

O neonazismo aterrorizando o Brasil dos últimos tempos

Ser de direita ou esquerda é opção da consciência política de cada cidadão ou cidadã, quando se tem de fato essa consciência e assim respeita o contrário.

Entretanto no País de hoje há uma enxurrada de gente movida pela alienação e sem norte do que seja, de fato, ser direita ou esquerda.

Mas, nada é pior do que o fanatismo extremado e violento, capaz de ofender, agredir e até matar diante dos olhos de todos. E fatos assim estão cada vez mais frequentes no Brasil.

E pior ainda: Há uma considerável parte da sociedade que finge que não vê, relativiza e banaliza tudo e até de forma soberba.

Os sinais desses novos tempos extremados estão por toda parte. Desde os que acham que os ETs virão “livrar o País” e o Exército deve voltar impor a ditadura e matar os que forem contra, até os que andam a difundir um neonazismo guardado em si.

E olha o caso do atirador de Aracruz, no Espírito Santo, é emblemático e por demais preocupante. Um típico caso do produto do ódio. Afinal, trata-se de um jovem de 16 anos, filho de um oficial militar fã de Adolf Hitler, conforme postagem nas próprias redes sociais.

Ou seja, ele disse bem a quem saiu quando invadiu duas escolas, matou 3 pessoas no ato e feriu outras 11. Neste domingo, 27, morreu mais uma vítima no hospital. Era uma professora que estava internada em estado grave, baleada no atentado terrorista.

E mais: Pai e filho estão no rótulo dos “homens de bem”, da tradição, da família, da pátria e Deus acima de tudo. E assim se banaliza: -Ah, aconteceu. Simples assim.

Só que é preciso reparar que o terrorista capixaba não usava boné escrito CPX e nem morava em favela. Pelo contrário. É branco, usava roupava camuflada de militar e o símbolo nazista grudado na vestimenta.

Ora, o pai já havia publicado a sugestão para que seus seguidores fossem fazer a leitura de “Mein Kampf (Minha Luta), a obra de Hitler.

O que se percebe é que não importa para essa gente o fato de o nazismo ter exterminado 6 milhões de judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e mentais, opositores políticos e etc., em nome da ideologia do ditador sanguinário Adolf Hitler.

Não importou para o jovem terrorista capixaba e seu pai amante do Terceiro Reich… Não importa para quem vive achando (e é achar mesmo) que a ditadura militar é a melhor coisa do mundo.

Há um ambiente de aloprados aí nesses movimentos identitários, com ritos aterrorizantes de uma extrema direita perigosa e sem respeito à vida dos que não pensam igual. O que o Brasil sofre hoje com essa cultura nefasta é de uma imensa gravidade.

E a história diz que após a derrota dos nazistas na segunda guerra mundial, os oficiais de Hitler trataram de fugir da Alemanha. E eles se esconderam em terras de supremacia branca nos Estados Unidos, bem como no extremo sul da América do Sul, incluindo aí estados brasileiros.

Enfim, eles fugiram, mas não da guerra. Eles fugiram por que cometeram crimes de guerra.

Para assombração geral, os neonazistas estão saindo das tocas.