28 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Sobriedade e urbanidade de vitoriosos contra o rebanho fake de aloprados na política

Mas, olho vivo: a gestão pública é uma arma, mas o político é quem puxa o gatilho

 

Os berros de um gado histérico da eleição de 2018, ao que parece, enfim, ficaram para trás no processo atual, quando se verificam dois exemplos concretos das duas principais capitais brasileiras: São Paulo e Rio de Janeiro.

Os exemplos estão na sobriedade e na postura dos eleitos. Sem arrebatamentos, nem afobação. Com urbanidade e respeito.

Pelo menos foi assim que se apresentaram os prefeitos eleitos, Bruno Covas (PSDB) e Eduardo Paes (DEM), quando chamados a falar a publicamente sobre as vitórias conquistadas.

Quem os assistiu em pronunciamentos na TV,  sem os ranços ideológicos e partidários,  pode constatar o nível de equilíbrio e sensatez.

Foram claros, concisos e transparentes nas mensagens transmitidas. Disseram que a disputa acabou e que vão governar para todos por que sabem que é o dever e a missão de quem assume administração pública em qualquer nível.

Não se governa exclusivamente para grupelhos tresloucados, muito menos para fanáticos aloprados que vivem a berrar contra as instituições independentes, por que essas lhes contrariam os interesses, como tem sido nos últimos tempos.

Destaque-se inclusive a elegância de Bruno Covas para com o seu adversário, Guilherme Boulos (Psol), destacando o respeito ao adversário. E mais ainda a recíproca do próprio Boulos reconhecendo o valor da vitória de Covas.

Ora, a eleição passou. Promessas de novos tempos foram feitas e a população em torno deles espera verdadeiramente que sejam cumpridas. Se não o fizerem que respondam por isso a quem de direito.

Quem ganhou com apoio popular tem que ter um outro olhar para o todo e nunca para uma parte ensandecida, raivosa e amante das notícias falsas como a que foi cultivada no plano nacional.

São exemplos de comportamentos que contrastam com a aberração atual. Se serão ou não bons gestores aí é outra história.

Que seus eleitores cobrem e fiscalizem atos e ações de cada um deles. Sempre de olho vivo por que a farsa no meio é comum.

Afinal, a gestão pública é uma arma, mas o político é quem puxa o gatilho.