Os berros de um gado histérico da eleição de 2018, ao que parece, enfim, ficaram para trás no processo atual, quando se verificam dois exemplos concretos das duas principais capitais brasileiras: São Paulo e Rio de Janeiro.
Os exemplos estão na sobriedade e na postura dos eleitos. Sem arrebatamentos, nem afobação. Com urbanidade e respeito.
Pelo menos foi assim que se apresentaram os prefeitos eleitos, Bruno Covas (PSDB) e Eduardo Paes (DEM), quando chamados a falar a publicamente sobre as vitórias conquistadas.
Quem os assistiu em pronunciamentos na TV, sem os ranços ideológicos e partidários, pode constatar o nível de equilíbrio e sensatez.
Foram claros, concisos e transparentes nas mensagens transmitidas. Disseram que a disputa acabou e que vão governar para todos por que sabem que é o dever e a missão de quem assume administração pública em qualquer nível.
Não se governa exclusivamente para grupelhos tresloucados, muito menos para fanáticos aloprados que vivem a berrar contra as instituições independentes, por que essas lhes contrariam os interesses, como tem sido nos últimos tempos.
Destaque-se inclusive a elegância de Bruno Covas para com o seu adversário, Guilherme Boulos (Psol), destacando o respeito ao adversário. E mais ainda a recíproca do próprio Boulos reconhecendo o valor da vitória de Covas.
Ora, a eleição passou. Promessas de novos tempos foram feitas e a população em torno deles espera verdadeiramente que sejam cumpridas. Se não o fizerem que respondam por isso a quem de direito.
Quem ganhou com apoio popular tem que ter um outro olhar para o todo e nunca para uma parte ensandecida, raivosa e amante das notícias falsas como a que foi cultivada no plano nacional.
São exemplos de comportamentos que contrastam com a aberração atual. Se serão ou não bons gestores aí é outra história.
Que seus eleitores cobrem e fiscalizem atos e ações de cada um deles. Sempre de olho vivo por que a farsa no meio é comum.
Afinal, a gestão pública é uma arma, mas o político é quem puxa o gatilho.