Em entrevista ao colunista Tales Farias, o prefeito de Salvador e presidente do DEM, ACM Neto, afirmou que as declarações do presidente, no pronunciamento de terça-feira (24), foram “ofensivas às famílias que já tiveram vítimas do coronavírus, vítimas fatais”.
Ele foi um dos primeiros prefeitos a determinar medidas de distanciamento social devido à pandemia do coronavírus e afirmou que que não atenderá ao pedido do presidente da República para que os gestores estaduais e municipais suspendam as medidas de isolamento.
E isso porque seu partido é o que mais cedeu ministros para a equipe de primeiro escalão do governo. Algumas das pastas mais importantes do governo são do DEM: os ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Cidadania e ex-chefe da Casa Civil).
O prefeito lamentou ainda a política de enfrentamento adotada por Bolsonaro. E afirma que o Brasil precisava de “outra coisa, um presidente que unisse o país, que construísse pontes, que fizesse um canal direto de comunicação com governadores e prefeitos”.
“Nós não temos hoje dois caminhos a seguir, só tem um caminho: injetar dinheiro na economia. É dar apoio ao mais pobre, à pessoa para não morrer de fome”, proclamou ele, crítico do ministro da Economia Paulo Guedes.
Ele julgou Mandetta ainda como “a peça mais importante do governo federal”. O que provoca uma grande ciumeira em Bolsonaro.