26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Artigo

Alegra-te, Virgem Aparecida

Um artigo comemorativo ao Dia de Nossa Senhora Aparecida pelo Monsenhor Rubião Peixoto

Por Monsenhor Rubião Peixoto
12 de outubro, dia dedicado a Nossa Senhora Aparecida

Há mais de 300 anos, um grande sinal apareceu no Rio Paraíba do Sul. Como outrora no Apocalipse cap. 12, “um grande sinal apareceu no Céu”. no lago de Genesaré, a mando de Jesus, Pedro, Thiago e João laçaram as redes nas águas mais profundas e os peixes se multiplicaram. Na pátria Brasileira, também os pescadores João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, por intercessão da Virgem Maria, pescaram peixes abundantes.

1717 acontece pequeno e grande sinal, no Rio Paraíba do Sul: a imagem da Senhora da Conceição Aparecida! A História narra que o Conde de Assumar, da Corte Portuguesa visitara as Minas Gerais de São Paulo. As autoridades locais queriam oferecer-lhes um banquete de peixes bem escolhidos. Se dirigiram aos três pescadores, afim de que pescassem grandes peixes. Aqueles simples homens disseram: “o rio não está para peixe”. Ordenaram as autoridades que queriam os peixes de qualquer maneira e os ameaçaram de serem surrados caso a pesca não surtisse efeito.

Portugal trouxe para nossa pátria a devoção a Nossa Senhora da Conceição e eles tiraram os chapéus, olharam apara o Céu e rezaram: “valei-nos Nossa Senhora da Conceição”. Laçaram as redes e uma pequena imagem sem cabeça, foi então colhida. Outro lance e surge a cabeça, que se ajusta ao pescoço da mesma. Admirados, com a
imagem nas mãos, disseram: “é a Senhora da Conceição Aparecida”. Na terceira vez lançam, e acontece o milagre dos peixes, peixes abundantes. Sinal que só o Céu explica. O conde se banqueteio enquanto a virgem libertou os pobres pescadores do castigo prometido.

Os estudiosos em esculturas nos dizem que a imagem de nossa Padroeira, encontrada nas aguás remete-nos ao batismo, no qual também pelas aguás, fomos purificado. De cor morena, está solidária com o povo sofredor, outrora escravo no Brasil. Ela esculpida em barro, tipicamente paulista chamado, terra cota. É o nosso ícone e transmite ao povo brasileiro a mensagem de esperança verdadeira e libertação para os escravizados. É a Senhora da Conceição, Imaculada, isenta de todo pecado. Mãe de Deus feito Homem, trazendo traços de gravidez, para dar ao Brasil, Jesus Cristo Salvador. Suas mãos postas, significam que é nossa intercessora. O seu leve sorriso, lembra o anuncio do anjo: “alegra—te, cheia de graça” Lc 1. Finalmente, Mãe da Igreja que somos nós, atravessando com segurança o mar encapelado da vida.

Finalmente, a princesa Isabel oferece-lhe a própria coroa cravejada de brilhantes. Caríssimos pescadores, infelizmente a história das vossas vidas perdeu-se no tempo, mas perguntamos a vocês: qual de vocês foi o primeiro que beijou a imagem a afagou-a com amor? E as velas que se acenderam por si mesmas em vossas vivendas, nada restou? Onde foi recitado o primeiro rosário com as famílias e amigos mais íntimos? E nós ficamos cantando: “Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida…”

(Portal da Arquidiocese de Maceió)