O presidente Jair Bolsonaro disse hoje que trabalha para que os indígenas sejam vistos como “pessoas iguais a nós” e que muitos deles querem “trabalhar e pagar imposto”. Esta foi a conclusão dele após encontro com lideranças indígenas pró-governo.
Ao criticar a resistência da oposição em relação a projetos relacionados a questões indígenas, como o que afrouxa as regras de demarcação de terras, Bolsonaro também falou em dar “liberdade ao povo indígena”.
“Tem o lobby do outro lado que quer manter nossos irmãos indígenas numa situação como se fossem pessoas que não são iguais a nós. Mas eles são exatamente iguais a cada um de nós: índio quer trabalhar, quer internet, quer o progresso, quer pagar imposto. Chegamos a esse ponto no Brasil e devemos dar realmente liberdade aos nossos irmãos indígenas”. Jair Bolsonaro, presidente.
Ele também apresentou o discurso como se falasse sobre a totalidade dos povos indígenas, ignorando a resistência contra sua política por parte de outras lideranças que não estavam no encontro.
Crimes contra a humanidade
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) deu entrada nesta segunda-feira (9) com uma denúncia no Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI) visando o presidente Jair Bolsonaro.
O coletivo alega que o chefe de estado cometeu crimes contra a humanidade e genocídio por ter incentivado invasão de terras indígenas por garimpeiros. Outras duas denúncias já foram apresentadas contra o Bolsonaro no TPI.