26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Butantan não tem data para retomar produção da Coronavac; Doria culpa Bolsonaro

O governo de São Paulo aguarda a chegada de 10 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) que estão parados na China

Doria e Dimas Covas durante a chegada de carregamento de insumo da Coronavac, semanas atrás. Foto: Danilo Verpa.

O Instituto Butantan ainda não tem previsão de quando deve retomar a produção da vacina CoronaVac. O presidente do instituto, Dimas Covas, se reuniu hoje com o laboratório Sinovac Biotech, que desenvolve a vacina na China, e disse não ter sido notificado de uma nova data de entrega dos insumos.

Em entrevista coletiva durante a entrega do último lote de mais de 1 milhão de doses da CoronaVac na manhã de hoje, Covas ressaltou que haverá atraso na programação de entrega de vacinas em maio e junho ao Ministério da Saúde.

O primeiro contrato foi cumprido com 12 dias de atraso, num volume de 46 milhões de doses. O segundo está em andamento. Foi assinado em fevereiro. Neste momento o que se atrasa é a previsão. Tínhamos a previsão de entregar em maio 12 milhões de doses e, em junho, seis milhões. É uma programação que vai sofrer atraso”. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Insumos parados na China

O governo de São Paulo aguarda a chegada de 10 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) que estão parados na China à espera de liberação do governo chinês para embarque ao Brasil.

João Doria, governador de São Paulo, que participou da entrega ao Plano Nacional de Imunização do último lote da vacina, voltou a dizer que a produção do imunizante está suspensa por conta das declarações do presidente Jair Bolsonaro de ataque à China, responsável por enviar a matéria-prima para a produção da vacina no Brasil.