Nem precisaria de muitas palavras; as imagens falam por si. A cena deplorável é na calçada do Mercado de Jaraguá, local de referência em alimentação, para quem gosta de uma boa feijoada; uma costelinha assada ou um bom café regional com mesa farta: cuscuz com leite, queijo coalho, inhame, macaxeira, carne de sol…
Por conta dessas iguarias, o Mercado costuma ser bem frequentado por quem gosta de comer bem. Sejam turistas ou nativos; gente que está chegando da balada ou saindo para trabalhar. Por ali a vida pulsa.
Uma pena que a água suja também pulse das caixas de esgoto para escorrer a ceu aberto na calçada do estabelecimento.
De quem é a culpa? Ou melhor, de quem é a responsabilidade pela manutenção das caixas coletoras?
Os comerciantes se queixam da falta de manutenção da estrutura do velho prédio, que no começo do ano, por pouco, não foi a leilão em decorrência de uma dívida com a União.
José Carlos, administrador do Mercado – ligado à Secretaria Municipal de Trabalho e Abastecimento (Semtabes) – disse que o problema é antigo, e que pelo menos uma vez por mês consegue, na base do “favor”, um caminhão tanque da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) para limpar as caixas e tubulações.
Ele disse que o problema é decorrente do desgaste da rede de saneamento, cuja responsabilidade é da Casal. Mas além disso tem, também, o lançamento de materiais orgânicos que descem pelo ralo da pia – feijão, arroz e outros resíduos orgânicos – e que levam ao entupimento, denunciando descuido dos próprios donos e funcionários dos estabelecimentos.
Procurada pela reportagem, a Casal reconhece que o problema é dela; disse que vai avaliar a situação e que hoje mesmo estará mandando uma equipe ao local, com um caminhão tanque, para fazer a lavagem e os procedimentos visando ao desentupimento da rede.
Tomara, mesmo, é que as providências saiam da linha dos paliativos, que só maquiam o problema por alguns dias, mas não resolvem as causas.
Necessário, também, que todos assumam seus erros e suas responsabilidades, para que o Mercado de Jaraguá continue sendo um ponto de referência para quem gosta de comer bem.
Cara Jornalista! Vc imagine só a quantidade de gordura proveniente do escaldo do charque que é despejada nos canos das pias e tanques desse local. Acho que não deve haver nem uma espécie de ralo para evitar os pedaços de pelancas e sebos da limpeza diária das carnes. Aí fica muito fácil a administração colocar a culpa totalmente na CASAL.