Já foi escolhido o porta-voz do presidente Jair Bolsonaro: será o general da ativa Otávio Santana do Rêgo Barros. E enquanto outros militares saíram do quadro do Exército ao iniciarem atividades no Planalto, Rêgo Barros continua nos quadros do Exército.
Atual chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, o general foi um dos principais responsáveis pela política de comunicação do Exército durante o comando do general Eduardo Villas Bôas, que deixou o cargo nesta sexta-feira (11)
A nomeação de um porta-voz oficial vinha sendo discutida pela equipe de Bolsonaro para evitar desencontro de informações e recuo em anúncios feitos pelo governo. Ele já serviu no Haiti e tem facilidade para tratar com a imprensa, sendo um dos principais responsáveis pela ampliação do uso das redes sociais para divulgar informações do Exército e pontos de vista do comandante.
Imprensa
Os filhos do presidente eleito resistiam à profissionalização do trabalho de comunicação, que era feito de maneira informal. Já políticos e militares avaliavam que a ausência de um assessor de imprensa e de uma estratégia clara de comunicação trazia prejuízos.
Só na semana passada, uma série de recuos em menos de 24 horas fizeram Bolsonaro desmentir ou ser desmentido após decisões equivocadas e polêmicas.
Além do recuo no edital de livros da educação, que seriam produzidos sem referência, o presidente se confundiu ao falar do IOF (e já está proibido de falar de Economia) e teve que voltar atrás sobre colocar uma base militar americana no Brasil. Também acabou a ilusão da “meta de 100 dias”, assim como a classe média não pagará mais caro por habitação.