26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

JN evidencia mentiras de Pazuello sobre “tratamento precoce” e oxigênio no AM

Ministro da Saúde diz que sua pasta “não tem protocolo de definir tratamento”

O Jornal Nacional da noite desta segunda-feira (18) não pegou leve com o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello. O telejornal da Globo, em matéria de 4 minutos e meio, evidenciou algumas das mais claras mentiras ditas pelo ministro sobre suas ações na frente da pasta.

O destaque ficou para a coletiva de imprensa em que Pazuello disse que nunca defendeu o chamado tratamento precoce contra a Covid-19, agora que a Anvisa afirmou que não existe tratamento precoce e nem medicamento contra a doença do coronavírus.

Pazuello, no entanto, disse que não defende a prática mas, sim, o “atendimento precoce”, e que nunca autorizou o Ministério da Saúde a fazer protocolo indicando medicamentos como a cloroquina.

“Temos divulgado desde junho o atendimento precoce. Não confundam atendimento precoce com que remédio tomar. Não coloquem isso errado. Nós incentivamos e orientamos que a pessoa doente procure imediatamente um médico. Que o médico faça o diagnóstico. Esse é o atendimento precoce. Que remédios vai prescrever, isso é foro íntimo do médico com seu paciente. O ministério não tem protocolos com isso, não é missão do ministério definir protocolo”. Eduardo Pazuello,

Claro, como há todos os vídeos possíveis para se desmentir, o repórter Marcos Losekann não teve muitas dificuldades para rebater o ministro, como na live em 7 de janeiro, ao lado de Bolsonaro

“Não existe outra saída se não diagnosticarmos o mais rápido possível e iniciar o tratamento precoce o mais rápido possível”. Pazuello.

A pasta encaminhou aos profissionais de saúde de Manaus (AM) como orientação, medicamentos para o tratamento precoce da Covid-19, entre eles a cloroquina.

O vídeo encerra informando que Augusto Aras, procurador-Geral da República, pediu um inquérito do Ministério da Saúde sobre estes tratamentos precoces.

O ministro tem ainda 15 dias para se manifestar sobre sua omissão de socorro no Amazonas, pois soube com antecedência que oxigênio nos hospitais do estado estavam acabando.