26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Jovens entre 20 e 29 anos lideram casos de acidentes no trabalho no Agreste alagoano

Levantamento feito pelo HE do Agreste indica que essas faixas etárias respondem por 91% das ocorrências

O uso de EPIs é a proteção contra riscos capazes de ameaçar a segurança e a sua saúde do trabalhador. Foto: Carla Cleto

Levantamento feito pelo Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, mostra que a maioria dos atendimentos a vítimas de acidentes no trabalho é de jovens com idade entre 20 e 29 anos.

Eles representam 91% do número de acidentados nos últimos três anos. Em segundo lugar, com 26%, estão os trabalhadores na faixa etária entre 30 e 39 anos.

Os números foram divulgados pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica do HE do Agreste, que é vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Ainda de acordo com o levantamento, 89 pessoas receberam atendimento por conta de acidentes no trabalho. Desse total, foram 80 homens e apenas nove mulheres.

A maior parte das vítimas de acidentes de trabalho registrada no HE do Agreste constitui-se de traumas, contusões, cortes com lâminas ou vidros. Na sequência, aparecem queimaduras por conta de contato com produtos químicos, corpo estranho nos olhos e choques elétricos.

Para evitar esses acidentes nas empresas ou em outros locais, o coordenador de Segurança no Trabalho do hospital, engenheiro José Morais da Silva Júnior, sugere a importância do uso de equipamentos de proteção individual, os EPIs, como luvas, botas, capacetes, óculos, entre outros.

Além disso, José Morais diz que é fundamental, da parte dos empregadores, apresentar o registro da Comunicação de Acidente no Trabalho (CAT), sob o risco de a empresa estar sujeita a autos de infração e outras penalidades previstas em lei. O coordenador explicou que esses números ainda não refletem a realidade.

“Percebemos que há muita subnotificação, uma vez que muitos acidentados chegam ao hospital sem alegar os verdadeiros motivos dos traumas, com receio de prejudicar a empresa ou serem demitidos do trabalho”. José Morais, coordenador de Segurança no Trabalho do HE.