26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Mais de 14 milhões estão desempregados no Brasil e índice é de 20% em Alagoas

Estado tem o terceiro maior índice do Brasil, atrás apenas de Bahia (20,7%) e Sergipe (20,3%)

A taxa de desemprego no país subiu e chegou a 14,6% no terceiro trimestre. Essa é a maior taxa registrada na série histórica, iniciada em 2012. No total o Brasil tem 14,1 milhões de pessoas desempregadas.

Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento de 1,3 ponto percentual (13,3%). Isso significa que mais 1,3 milhão de pessoas entraram na fila em busca de um trabalho no país.

No terceiro trimestre, a taxa de desemprego subiu em dez estados e ficou estável nos demais. As maiores taxas foram na Bahia (20,7%), em Sergipe (20,3%) e em Alagoas (20%). Já a menor foi registrada em Santa Catarina (6,6%).

A taxa de desemprego atingiu o recorde de 17,9% no Nordeste, o maior número entre as regiões do país. O Sul teve a menor taxa entre elas: 9,4%.

Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o aumento na taxa de desemprego reflete a flexibilização das medidas de isolamento social para controle da pandemia de covid-19.

Mulheres e jovens

A pesquisa aponta diferença na taxa de desocupação entre homens e mulheres. O percentual foi de 12,8% para os homens e de 16,8% para as mulheres.

Entre as pessoas pretas, a taxa foi de 19,1%, enquanto a dos pardos foi de 16,5%, ambas acima da média nacional. A menor taxa foi a dos brancos: 11,8%.

Os jovens também tiveram a maior taxa de desocupação entre os grupos etários no terceiro trimestre. As pessoas de 14 a 17 (44,2%) e de 18 a 24 anos de idade (31,4%) tiveram taxa acima da média nacional (14,6%).

Pnad

Os dados foram divulgados hoje e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Ontem, o governo comemorou os dados de emprego do Caged de outubro, com saldo positivo de 394.989 vagas formais. Porém, esses números consideram apenas empregos com carteira assinada, enquanto a pesquisa do IBGE divulgada hoje leva em consideração o mercado de trabalho amplo, incluindo informais.