A viagem de Mario Frias de cinco dias para ver o lutador Renzo Gracie em Nova York somou gastos equivalentes a 13 vezes o teto da Lei Rouanet para cachês de artistas.
Conforme dados do Portal da Transparência, foram gastos R$ 39 mil para tratar de um “projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte” com o lutador de jiu-jítsu bolsonarista.
Segundo o Portal da Transparência (clique aqui para acessar), a viagem considerada “urgente” pelo governo aconteceu para que o secretário discutisse “um projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte” com o lutador de jiu-jitsu brasileiro Renzo Gracie.
O jornalista William Bonner questionou na edição de hoje do “Jornal Nacional” por que o secretário especial da Cultura gastou R$ 39 mil em uma viagem aos Estados Unidos para ver um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Enquanto isso, na terça (8), o governo oficializou o limite cachês de artistas pela Lei Rouanet a R$ 3.000.
Essa mudança significou uma diminuição de mais de 93% no cachê que era permitido até então, de R$ 45 mil, e havia sido anunciada antes pelo Twitter do secretário de Fomento, André Porciuncula.
Na ocasião, ele disse que o cachê de R$ 3.000 é “um valor excelente para artistas em início de carreira”, e “não haverá exceções para celebridades”.
Outro lado
Apesar de os valores estarem disponíveis no Portal de Transparência, que pertence ao governo federal, Frias criticou a “falta de ética” dos jornalistas.
Segundo ele, “todas as manchetes expostas nas imagens são mentirosas, pois não paguei essa quantia por essa viagem, não viajei de executiva e a finalidade da viagem não foi da forma como colocaram nas inverídicas manchetes”.
Todas as manchetes expostas nas imagens são mentirosas, pois não paguei essa quantia por essa viagem, não viajei de executiva e a finalidade da viagem não foi da forma como colocaram nas inverídicas manchetes.
— MarioFrias (@mfriasoficial) February 10, 2022
Ou ele está mentindo ou o Portal da Transparência está errado.