26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Na divisa de Alagoas, Bolsonaro pede votos para Artur Lira nas eleições da Câmara

Presidente ainda ouviu elogios de Collor e deu recado para caminhoneiros

A eleição da presidência da Câmara dos Deputados para o biênio 2021-2022 acontece no início de fevereiro. E, ativamente, o presidente Jair Bolsonaro já tem seu candidato: o líder do centrão, deputado federal Arthur Lira (PP-AL)

Mais uma leva de apoio ao deputado alagoano foi dada nesta quinta-feira (28) na cidade de Propriá (102 km de Aracaju), onde o presidente participou da cerimônia de abertura para o tráfego da nova ponte sob o rio São Francisco que liga os estados de Sergipe e Alagoas.

“Amigos de Sergipe, amigos de Alagoas, se Deus quiser, teremos o segundo homem na linha hierárquica do Brasil, eleito aqui no Nordeste, pela Câmara dos Deputados. O deputado Arthur Lira. Se Deus quiser, será o nosso presidente”. Jair Bolsonaro, presidente.

O presidente participa diretamente das articulações da candidatura de Lira (PP-AL), já que o outro concorrente é Baleia Rossi, candidato de seu inimigo político, Rodrigo Maia, o atual presidente da Casa.

A votação acontece na próxima segunda-feira (1º) e para eleger Lira, um dos líderes do centrão, o Palácio do Planalto pratica abertamente um tomá lá, da cá, com ofertas de cargos e emendas, além de ameaçar retirar de funções na máquina federal indicados políticos de deputados federais de siglas como MDB e DEM.

Collor e caminhoneiros

No evento, o presidente foi acompanhado pelo senador por Alagoas e ex-presidente Fernando Collor de Melo (Pros), que destacou que o presidente tem o apoio da classe política e do Congresso Nacional, destacando que o presidente tem total apoio da população e do Congresso Nacional.

“Em momento nenhum fique desestimulado em função dessas críticas. É uma chuva e quem tem o capote que o senhor tem não tem que ter receio dessa chuva e dessa tempestade”. Fernando Collor.

Minutos antes após o início da cerimônia, Bolsonaro passou cerca de 20 minutos cumprimentando apoiadores. Ele também deixou o perímetro de segurança do evento para cumprimentar caminhoneiros que trafegavam pela BR-101.

O aceno à categoria acontece no momento em que o reajuste nos combustíveis reacendeu a ameaça de greve dos caminhoneiros, movimento previsto por alguns grupos para 1º de fevereiro. A paralisação é minimizada pelo governo.