Brasil – A quebradeira na Petrobras surgiu de fato no balanço geral da empres que informou suas as perdas avassaladoras em torno R$ 21,6 bilhões em 2014. E pasmem: Deste valor, R$ 6,2 bilhões de prejuízo foram em decorrência das práticas de corrupção apontadas pela operação Lava Jato. O número foi divulgado pela companhia em balanço auditado na noite desta quarta-feira (22).
“Estamos dando um passo fundamental na recuperação da nossa imagem. A partir daqui a Petrobras volta à normalidade na sua relação com os seus investidores e com o mercado. Estamos passando a limpo os erros cometidos no trato com os recursos da companhia”, afirmou o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. “A Petrobras não irá parar. Estamos colaborando com as investigações”, frisou.
No ano passado, a receita de vendas da companhia atingiu R$ 337,26 bilhões, alta de 11% ante 2013, graças aos reajustes nos preços do diesel e da gasolina autorizados pelo governo e o efeito do câmbio. Já o endividamento total da companhia atingiu R$ 351 bilhões, um aumento de 31% em relação ao ano anterior.
O desastre financeiro levou a diretoria da empresa a reunir-se desde às 11h dessa quarta-feira (22) para aprovar e divulgar o balanço contábil de 2014 e também os números relativos ao terceiro trimestre do ano passado já revisados pelos auditores independentes. O resultado foi divulgado na sede da estatal no centro do Rio, após a apreciação e aprovação da matéria pelo Conselho de Administração da empresa. A empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) recusou-se a assinar o balanço da Petrobras do segundo semestre do ano passado, depois que a Operação Lava Jato revelou o esquema de corrupção que envolvia diretores com superfaturamento em obras e projetos da estatal.
Após adiar a publicação do balanço por duas vezes, a Petrobras divulgou, no dia 28 de janeiro, o resultado do 3º trimestre do ano passado não auditado. As demonstrações contábeis indicavam um lucro líquido de R$ 3,084 bilhões. Na ocasião, não houve consenso para a definição das perdas sofridas em decorrência do desvio de recursos por corrupção.