Os 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, desenvolvida em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), começarão a ser distribuídas para os Estados na tarde deste sábado, 23.
Depois de chegar em voo da Emirates no Aeroporto de Guarulhos, às 17h20 de ontem, sexta-feira, a carga foi transportada em um avião da Azul até a Base Aérea do Galeão, onde chegou às 22h.
O avião foi recebido na pista por um batismo simbólico, com jatos de água lançados em forma de arco pelos bombeiros do Aeroporto Rio-Galeão.
As vacinas foram fabricadas pelo Instituto Serum, na Índia, e eram aguardadas desde 16 de janeiro, mas tiverem atraso no envio por questões internas da Índia.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu o lote em solo brasileiro, ao lado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e das Comunicações, Fábio Faria. Também estavam presentes o embaixador da Índia, Suresh Reddy, e a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade. Esta última se juntou ao grupo no Rio de Janeiro.
“A encomenda tecnológica prevê 100 milhões de doses para o primeiro semestre. Essas 2 milhões de doses são apenas o início. É o começo do processo. O objetivo do Ministério da Saúde é a vacinação em massa do povo brasileiro. E isso vai nos colocar, rapidamente, no topo da lista do número de vacinados. Com 8 milhões de doses, nós passaremos a ser o segundo país do ocidente que mais vacinou”, disse Pazuello, em pronunciamento à imprensa na Base Aérea.
Para a presidente da Fiocruz, a chegada da vacina é uma vitória da ciência. “Neste momento de perdas, ter a vacina é uma esperança que vem da ciência, que vem do Sistema Único de Saúde. É uma vacina com 70% de eficácia e que poderá ser administrada no intervalo de 12 semanas. Isto será muito importante para o nosso sistema de saúde”, ressaltou Nísia Trindade.