26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

MPE/AL: PMs que negaram vacina deveriam ser afastados

Procurador-geral de Justiça reforça que ninguém é obrigado a tomar o imunizante, mas na condição do agente público, o PM possui responsabilidades maiores

Ao menos 77 policiais militares se recusaram a tomar a vacina contra a Covid-19 em Alagoas. E este grupo pode sofrer consequências. Além de serem infectados e espalhar a doença para familiares e desconhecidos, eles podem ser punidos administrativamente.

Este é o posicionamento do Ministério Público Estadual (MPE), que quer responsabilização da possibilidade de propagar a doença por parte deste grupo antivacina.

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Márcio Roberto, procurador-geral de Justiça, reforça que ninguém é obrigado a tomar o imunizante. Mas na condição do agente público, o PM que atende a sociedade todos os dias ficaria mais propenso a repassar a doença e possui responsabilidades maiores.

“O Ministério Público provocado pela sociedade, recomendou a todos os gestores do estado para que eles provoquem seus agentes públicos para que se vacinem. Caso haja recusa, que eles possam abrir processos administrativos para apurar essa conduta e proibir que esses agentes ingressem nos locais públicos”. Márcio Roberto, procurador-geral de Justiça.

Sendo assim, não somente o agente público pode ser responsabilizado, como também o gestor de cada órgão, seja ele municipal ou estadual que não aplicar uma punição.

Como a Diretoria de Saúde da Polícia Militar possui a lista dos que recusaram a vacina, o MPE/AL quer saber se policiais foram afastados dos seus locais de trabalho, onde eles estão lotados e se foi instaurado um procedimento administrativo.

“Se um militar se recusa, o seu comandante da unidade poderá ser responsabilizado também”. Márcio Roberto.