30 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Planos de saúde pela hora da morte; mas senadores pagam só R$ 280

Ex-senadores, esposas e filhos têm planos vitalícios pagos com dinheiro público.

Pela hora da morte, planos de saúde estão impagáveis para o cidadão comum.

Os planos de saúde estão pela hora da morte. E não se vê político algum atacar diretamente a exploração do setor que corrói drasticamente o orçamento familiar.

E talvez haja uma razão para isso. Basta perceber os valores pagos pelos senadores, ex-senadores, esposas e filhos no plano de saúde a que têm direito, graças aos recursos do próprio Senado. Ou, mais precisamente, do povo brasileiro.

A mamata é tão grande que os planos de saúde de suas excelências são vitalícios.

Um levantamento feito pelo Diário do Poder, do jornalista Cláudio Humberto Rosa e Silva, mostra a seguinte planilha de Plano de Saúde dos Senadores, ex e familiares:

Senador e cônjuge pagam: R$ 280,00/mês.

Filhos de senadores pagam: R$ 154,00/mês.

Os mesmos valores valem para os ex-senadores e suas respectivas “proles”.

Já o cidadão comum (60 anos), com a mulher e dois filhos, paga em média em um plano familiar cerca R$ 3.983,00 ao mês. E isso vem numa crescente a cada ano.

O pior de tudo é que Senado e Câmara dos Deputados, além da própria agência reguladora (ANS), se mantêm em absoluto silêncio contra esse atentado ao bolso do pacato cidadão. Uma ignomínia.

Não foi por outra razão que entre 2014 e junho de 2016, cerca de 2 milhões de pessoas deixaram de pagar planos de saúde. Esse número já é bem maior.

Com dinheiro curto, os pobres mortais já não aguentam mais bancar tamanha excrescência.

Plano de saúde hoje só para poucos, além de senadores e familiares.

Até quando o brasileiro vai suportar essa exploração desmedida, em nome do estado mínimo que afronta o bolso e insulta a boa fé do usuário comum desses planos?

A situação é triste e, para agravar, pode levar muita gente boa à depressão.