28 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Por que choras Bolsonaro? Que mimimi é esse, enfim?

Seria a valorização da própria hipocrisia, a erisipela cortando-lhe a carne ou fim das mamatas sigilosas?

Enfim, que choro é esse seu Jair, diz aí…

O choro é um sentimento inerente ao ser e surge por diversas causas. Chora-se de dor, de tristeza, de alegria e de saudade também.

Há o choro do desalento, do desamparo, do abandono. Há choro para todos os momentos; que surge de forma sincera, sem desfaçatez.

Mas, os que choram na valorização da própria hipocrisia, na ilusão de que será visto com olhos piedosos e logo ser consolado de alguma forma por algum desavisado.

E assim o choro é livre…

E esse choro de Jair Messias Bolsonaro, nos quartéis, nos corredores do Alvorada e diante dos seus apoiadores golpistas?

Seria um caso para “Freud explica” ou para a própria psicologia atual, nestes tempos de chacoalhões da sanidade física e mental?

Ora, é bastante custoso acreditar nas lágrimas do cidadão que acusou “frescura” e “mimimi” das famílias que choraram mais de 600 mil mortos pela Covid-19.

Sem o mínimo de consideração, zombou, gozou e até imitou pacientes morrendo sem ar.

O que se vê agora está mais para o desespero risível. Sim, por que é muito tênue a linha que separa o momento do choro e do riso.

Mas, o choro pode ser mais que real por conta da dor de uma erisipela malvada cortando-lhe a carne, como se estivesse em vingança contra o deboche e o descaso pelas vítimas da Covid. Sim, por que nada na vida é por acaso.

Ou seja, seria então a dor aguda dos espíritos em revolta contra um ser que destratou de forma estúpida quem mais precisava de ajuda, acolhimento, tratamento e atenção básica?

Pode ser tudo isso e até mesmo nada.

Mas, creio sinceramente em outro viés desse choro tosco. Trata-se do choro da perda do poder e das consequentes mamatas e mordomias intrínsecas, que não mais lhe acompanharão a partir de uma derrota imposta pelo povo nas urnas.

Isso dói. Mas, todos que passaram por isso seguiram em frente, sem choro, sem chantagem e nem manifestações de ritos medievais e antidemocráticas.

Mas, para quem se acostumou às mamatas sigilosas, aos passeios de jatos e lanchas luxuosas com familiares e amigos, as despesas pagas pelos cartões corporativos, rachadinhas, às mansões compradas com dinheiro vivo e aos vassalos chamados a recolher o urinol em plena alvorada, aí faz sentido.

Isso, sem dúvidas, leva ao choro de meliante.