26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Presidente do Senado manda investigar assessor de Bolsonaro que fez gestos obscenos em sessão

Sinal pode significar ‘vai tomar no c.’, mas também pode ser interpretado como símbolo de supremacistas brancos nos EUA

Um assessor especial de Jair Bolsonaro provocou uma crise ao fazer gestos obscenos durante sessão do Senado Federal em que acompanhava o chanceler Ernesto Araújo, que debatia com os parlamentares.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiu instaurar procedimento de investigação para apurar o fato. A polícia do Senado vai inclusive ouvir Filipe G. Martins, que é assessor especial para assuntos internacionais de Bolsonaro.

Uma fonte do Palácio do Planalto afirma que Pacheco está exigindo a demissão imediata do assessor.

Filipe G. Martins, que se apresenta nas redes sociais como professor de política internacional e “analista político”, fazia o gesto que une o indicador e o polegar de forma arredondada, e que pode ser lido como “ok”, mas também como “vai tomar no c.”.

O gesto ganhou nova conotação para grupos extremistas dos EUA, e foi classificado como “uma verdadeira expressão da supremacia branca” pela Liga Antidifamação (ADL), organização que monitora crimes de ódio naquele país.

Assim que o gesto foi percebido, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) discursou afirmando que o gesto era um desrespeito e que Filipe deveria ser retirado das dependências do Senado.

Martins comentou o caso, negando conotação com expressões de ódio: