26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Queiroga defende passaporte sanitário e bolsonaristas pedem exoneração do ministro

Declaração do titular da Saúde foi feita horas depois do presidente Jair Bolsonaro dizer que “nunca vai se vacinar”

Voláteis, os bolsonaristas vão do amor ao ódio com aliados do presidente a qualquer sinal de contradição dos mandos e desmandos do presidente Jair Bolsonaro.

A nova vítima da vez é Marcelo Queiroga, ministro da Saúde que defendeu o passaporte sanitário porque “todos estarão vacinados”, justamente horas depois do presidente dizer que nunca vai se vacinar.

Leia mais: Bolsonaro, que tem sigilo de 100 anos no cartão de vacinação, diz que “não vai se vacinar”

À CNN, na noite de quarta-feira (13), Queiroga disse considerar o passaporte sanitário como o “CPF de cada brasileiro porque todos estarão vacinados”.

Ele também defendeu a retirada da obrigatoriedade das máscaras, à medida que o controle sanitário seja reforçado. Contrário às leis que obrigam o uso, ele prefere campanhas de conscientização.

Entretanto, com um presidente que diz que nunca vai se vacinar (mas que curiosamente mantém um sigilo centenário no cartão de vacinação), Queiroga chega nesta quinta-feira em pleno processo de fritura. Com uma daquelas hashtags do gado. Agora com o #ForaQueiroga.

E não foi pegar Covid-19 em Nova York na rua com um presidente barrado (tal qual no jogo do Santos), muito menos pelos gestos obscenos na mesma viagem contra manifestante, mas por prometer uma campanha de imunização contra a Covid-19 “ainda melhor” em 2022.

Mais de 350 milhões de vacinas estão garantidas para o ano que vem, segundo ele. Entretanto, nenhuma delas para o braço do presidente. Que, obviamente, já está vacinado, mas insiste no contrário pra não fazer papel de idiota e perder apoio do gado. O que faz dele imbecil, vil, cruel.

Assim como a razão pelos pedidos da saída de Queiroga. Sem dúvidas o ministro da Saúde já passou do ponto. Mas pedir sua exoneração justamente quando ele age corretamente é de uma estupidez extrema. Vai entender.