26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Rodrigo Maia diz que Bolsonaro pode imitar Trump nas eleições de 2022

Presidente da Câmara prevê confusões nas eleições de 2022

Rodrigo Maia prevê confusão de Bolsonaro nas eleições de 2022

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está convencido de que se Jair Bolsonaro for candidato a reeleição em 2022 imitará a confusão feita por Donald Trump no processo eleitoral americano. Maia falou durante uma live nesta sexta-feira, 11.

Disse ele que o governo Bolsonaro tem seis meses de implementação de medidas econômicas que definirão o restante do mandato. Más escolhas poderão prolongar a crise econômica e enfraquecer a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

A postura de Bolsonaro já está defendendo a volta do voto impresso já é considerada o início do tumulto que o presidente brasileiro pretende fazer nas próximas eleições, seguindo o ritual do seu ídolo nos EUA.

“Em relação a 2022, temos que esperar seis meses. Temos que entender as decisões do governo. Os próximos seis meses de governo serão decisivos para o fortalecimento ou enfraquecimento. Somado a isso, estamos vendo nos Estados Unidos como os mais radicais trabalham o processo eleitoral, o que pode ser um espelho para o Brasil. O centro precisa procurar um caminho. Tem convergência com a parte liberal da economia do governo Bolsonaro, mas divergência com outras pautas”, avaliou.

Rumo

De acordo com Maia, a questão é compreender que rumo o governo dará à economia. Se Bolsonaro terminar o mandato enfraquecido, abrirá espaço para um número maior de candidatos disputar a próxima corrida eleitoral. “A gente deve, e pode, avançar na mudança do sistema eleitoral. O fim das coligações terá impacto em 2022. Podemos construir um acordo para caminhar para um sistema misto. O Brasil é um país continental. Tem chance de poder avançar”, ponderou.

O parlamentar comparou as possibilidades de escolha do governo com aquelas da ex-presidente Dilma Rousseff, e destacou que é preciso saber, primeiro, se o governo vai enfrentar a crise com as reformas, ou se tentará, por exemplo, furar o teto de gastos. Vai enfrentar, ou não? Pois o Brasil pagará a conta antes de chegar em 2022. Defendo a reforma, o teto de gastos. Vimos o governo Dilma com decisões muito populares. O Fies foi de R$ 1 bilhão para R$ 13 bi, e de R$ 13 bi para R$ 14 bi. Depois, tivemos uma recessão”, contrapôs.

“Todas as políticas dentro do teto são populares. Fora do teto, são populistas. E o governo vai ter que tomar iniciativas. Se estiver forte, organiza outras forças. No Rio de Janeiro, (Marcelo) Crivela está mal, e enfrenta 10 candidatos. Se estivesse bem, teria cinco. O governo, se não se organizar, vai ter dificuldade e abrir um cenário político para outras correntes construírem suas candidaturas para 2022”, afirmou. “A Câmara, até 1º de fevereiro, continuará com essa pauta de reorganização do estado, que é nossa atribuição dentro do processo democrático”, completou.