Se há uma coisa sagrada para o servidor público e o trabalhador, de um modo geral, é o seu salário. Seja quanto for. Mas ele é fruto do esforço diário do trabalho exercido que lhe dá dignidade.
Mas, no Brasil da pandemia e das soluções intempestivas, em nome da “economia e do mercado financeiro”, o governo Jair Bolsonaro determinou que os Estados e municípios só teriam direito a ajuda do governo federal se congelasse por 2 anos os salários dos servidores públicos.
A proposta foi feita pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, que já anunciou que fez um acordo com os senadores no Senado e eles apoiaram a medida.
Mas, agora veja. Ministros, Presidente, nem vice-presidente estão enquadrados nessa proposta.
E mais ainda: Não foram enquadrados no congelamento dos salários juízes, membros do Ministério Público, militares e diplomatas.
Por quê não?
Talvez, por ser esta uma casta bem específica… Sem dinheiro para a feira, sem benesses?
Ou seja, o pau quebra mesmo em cima dos mais humildes. Imagine o professor, com o “grande” salário que tem passar 2 anos sem nenhum tipo de reajuste. Enquanto isso, os da casta acima vão vivendo nababescamente.
Mas, se não quiser imaginar o professor, pense no gari, na merendeira, na auxiliar de creche, no auxiliar de enfermagem, até mesmo no agente administrativo das repartições públicas do País, cujos salários, Ó…
O “Ó” é de ore a Deus!
Agora pense na proposta que saiu do Palácio do Planalto, que mexe diretamente com o seu salário.
Bom, se você é servidor público e defensor intransigente do seu “mito”, certamente não pensará.
Mas, com certeza, vai pensar em uma coisa que tanto gosta: Como reagiram a esse acordo os 3 senadores de Alagoas?
Com a palavra suas excelências!