O último ano-novo foi bem diferente. As pessoas pareciam desejar que 2022 acabasse logo, mesmo antes de começar.
O motivo? Sempre ele, Jair Messias Bolsonaro. Este é o último ano do mandato presidencial e nunca o fim de uma era das trevas foi tão desejado.
A expectativa de que o mal seja vencido e as maldades em sequência dessa gestão faz grande parte das pessoas quererem pular 2022 para 2023.
Ninguém aguenta mais tanta desumanidade, falta de empatia e teimosia.
Além do mais, a coisa anda tão difícil que 40% da população brasileira deixou de comprar roupas, sapatos e eletrodomésticos para poder pagar as contas de gás e luz, segundo reportagem exibida no Fantástico.
Esses números são de pesquisa encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade ao Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria).
O estudo revela que o gasto com gás e energia elétrica já compromete metade ou mais da renda de 46% das famílias. A situação é mais grave nas regiões Norte e Nordeste.
O Fantástico mostrou o caso da comerciante Adriana Teixeira Santos, que mora em São Paulo com o marido e dois filhos. “Em abril de 2021, ela pagava R$ 20,66 de luz; agora, R$ 141 reais – um aumento de mais de 500%”, diz a reportagem.
Mas não precisa ver TV pra constatar essa realidade. Basta ver os nossos próprios boletos e comparar.
Estamos empobrecendo. As contas básicas estão consumindo grande parte de nossa renda. A população já não aguenta mais e volta a depositar esperanças na próxima gestão.
Por isso, 2022, vá embora logo e nos traga de volta a esperança.