Os servidores públicos que abram bem os olhos. O pacote do governo que reduz salários e até demite pessoal foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 04.
É uma maldade só. Ou seja, sem benefícios nenhum, só pancada no lombo do servidor.
Estabelece, por exemplo, a cobrança de contribuição previdenciária suplementar provisória de 3 pontos percentuais dos servidores ativos, aposentados e pensionistas, assim como dos militares ativos e inativos.
E mais: Suspende o pagamento do abono salarial no exercício financeiro subsequente.
Nos argumentos do governo Bolsonaro está a tese de que o objetivo é preservar a regra de ouro — dispositivo constitucional que proíbe o governo de se endividar para custear a máquina pública —, pagar a folha salarial e bancar programas sociais.
E se depender do presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), não há sensibilidade com choradeira. A matéria passará integralmente.
De Alagoas, quem participa da comissão é o deputado do MDB, Isnaldo Bulhões que, no entanto, ainda não se manifestou sobre a matéria, que agora vai para análise de uma comissão especial.
A rigor, nada disso seria necessário se o governo não tivesse feito o Congresso aprovar a isenção de impostos das igrejas evangélicas por 15 anos.
Agora o servidor público vai precisar de muito mais fé para trabalhar com os cortes salariais que vêm por aí.