26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Após parar por dois dias, servidores do Judiciário marcam novo ato para terça-feira

Sindicato alega que a categoria está com três anos de inflação acumulada, sem a devida reposição salarial. Paralisação gradativa pode desembocar numa greve geral

Manifestação no Fórum do Barro Duro, em Maceió (foto: Assessoria)

Os servidores do Poder Judiciário do Estado de Alagoas realizaram, esta semana, mais dois dias de paralisação – nesta quinta e sexta-feira (2 e 3). Eles estão em mobilização permanente, em defesa da reposição das perdas salarias causadas pela inflação acumulada nos últimos três anos. De acordo com o sindicato da categoria (Serjal), houve ampla adesão, com atos atos simbólicos de braços cruzados e manifestações diversas na frente das unidades judiciárias da capital e do interior. E a luta vai continuar. Na próxima terça-feira (dia 7), a partir das 8h30, o Sindicato vai realizar um ato na Praça Deodoro, em frente ao Tribunal de Justiça, reunindo os servidores de todo o estado, em um só lugar.

Até agora, segundo dirigentes do sindicato, o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa Estadual não se manifestaram sobre o pleito e nem sobre o fato de o projeto estar parado há mais de seis meses no gabinete da presidência da ALE, mesmo com parecer favorável de todos os deputados nas comissões por onde passou. Falta apenas a votação em plenário.

Isso faz com que os servidores permaneçam mobilizados e avancem no processo de paralisação gradativa aprovado em assembleia da categoria, realizada pelo Serjal, no dia 19 de novembro. A cada semana passada sem negociação, aumenta um dia de braços cruzados, o que pode caminhar para uma greve geral. Na semana passada, houve paralisação por um dia. Esta semana foram dois dias, e na próxima serão três dias de mobilização, começando pelo ato marcado para a terça-feira (7), na Praça Deodoro. Se mesmo assim não houver nenhum avanço, já é certo que haverá paralisação também na quinta e na sexta-feira (dias 9 e 10).

Em suas falas, a diretoria do Sindicato tem reafirmado a disposição de dialogar, mas destaca que, para isso, é necessário que a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça também demonstrem essa mesma disposição.

“Queremos saber o que está impedindo a votação da nossa Data-base, uma vez que todos os demais servidores públicos do Estado já tiveram a recomposição salarial pela qual continuamos lutando. Nosso projeto foi aprovado por unanimidade no Pleno e encaminhado pelo Tribunal de Justiça. O Legislativo aprovou há seis meses a recomposição salarial dos servidores do Executivo, do Tribunal de Contas e da própria Assembleia e engavetou a do Judiciário. Por que? Precisamos saber qual é o impedimento, que vale só para a nossa categoria. Se ele existe, de fato, vamos dialogar, buscar caminhos juntos, afinal, os servidores são os principais interessados e a nós não tem sido dada nenhuma explicação. Temos sido ignorados”, destaca a diretoria do sindicato.

Em Arapiraca e demais comarcas do interior, servidores também cruzaram os braços