27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Bolsonaro oficializa Victor Godoy Veiga como novo ministro da Educação

Antecessor deixou MEC em meio ao surgimento de denúncias de corrupção e a divulgação de um áudio do governo federal priorizando a liberação de verbas a prefeituras ligadas a dois pastores.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) oficializou a nomeação de Victor Godoy Veiga como ministro da Educação efetivo, hoje (18) em publicação no Diário Oficial da União.

Veiga estava no comando da pasta de forma interina desde 30 de março, após Milton Ribeiro deixar o ministério no dia 28 em meio ao surgimento de denúncias de corrupção e a divulgação de um áudio em que Ribeiro afirma que o governo federal prioriza a liberação de verbas a prefeituras ligadas a dois pastores.

O novo ministro era secretário executivo do MEC desde julho de 2020, quando Ribeiro passou a chefiar a pasta. Ele é servidor de carreira como auditor federal na CGU (Controladoria-Geral da União) desde 2004.

O currículo de Veiga, divulgado pelo MEC, informa que ele é formado em engenharia de redes de comunicação de dados pela UnB (Universidade de Brasília) e fez pós-graduação na Escola Superior de Guerra e na Escola Superior do Ministério Público.

Veiga foi ainda responsável por ameaçar servidores que tentassem levar para Polícia Federal a investigação da Unifil, de Londrina. O jornal Folha de São Paulo revelou também que uma fraude teria ocorrido no curso de biomedicina da instituição a partir do vazamento da avaliação do ensino superior.

Quarto nome

Antes de Ribeiro, Carlos Decotelli teve uma breve passagem pela pasta —pediu demissão com apenas cinco dias no cargo, após denúncias de irregularidades em seu currículo.

Antecessor de Decotelli, Abraham Weintraub deixou a função em junho de 2020, em razão da escalada da crise institucional causada por suas declarações contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Antes deles, Ricardo Vélez Rodríguez, o primeiro nome à frente do MEC no governo Bolsonaro, teve uma gestão de apenas três meses, também marcada por polêmicas.