Se em 2021 o “orçamento paralelo”, criado presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) foi de R$ 3 bilhões, em 2022, ano eleitoral, a cria vai voar para R$ 11 bilhões.
Segundo o jornal O Globo, o presidente da Câmara teria criado um esquema de “castas” para distribuir o dinheiro com os deputados.
Trata-se, a rigor, da nova modalidade de “mensalão”. Assim como a praticada no primeiro governo de Luis Inácio Lula da Silva (PT).
O deputado Arthur Lira chegou à presidência da Câmara sem esconder suas propostas. Ele chegou a defender a desvinculação total do Orçamento da União.
–Eu quero desvincular o Orçamento. Hoje, você tem Orçamento que bota 25% pra educação, 30% pra saúde, “x” para penitenciárias, vem todo carimbadinho. Então, de 100% do Orçamento, 96% você não pode mexer. -Disse ele em entrevista ao Globo em fevereiro deste ano.
Como não deu certo a ideia e nem seria fácil – acabar com os 25% da educação e os 30% da saúde – Lira então criou o “orçamento secreto”, com o aval de Bolsonaro.
Mas o aval foi tão forte que esse orçamento – para os parlamentares mais chegados ao governo – pulou de R$ 3 bilhões para R$ 11 bilhões.
É algo muito semelhante com o que ocorreu com o Fundão – Fundo Eleitoral para os partidos financiarem as campanhas dos seus candidatos em 2022 – que foi saltou de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, graças ao bloco de apoio ao governo.
E esse é o jogo do Centrão. Quanto mais dinheiro, melhor.
Do contrário, sequestre-se o orçamento público.