24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Cortes? Bolsonaro quer criar Ministério da Família e Direitos Humanos

Seu governo, que antes teria apenas 15 ministérios, pode fechar com 23 pastas

Neste final de semana, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL deu um alerta de que está em “conversação para definir os ministérios da Família e dos Direitos Humanos”.

Ele não especificou se serão duas pastas ou uma só, mas já vai de encontro com sua promessa de enxugar o número de ministérios. Seu governo, que antes teria apenas 15 ministérios, pode fechar com 23 pastas. Outra criação sua fora a de Desenvolvimento Regional.

Falta ainda o anúncio do ministro do Meio Ambiente. Ele diz ter “seis ou sete nomes cotados para ocupar o ministério do Meio Ambiente”. Quem ocupar o cargo, precisa estar alinhado com as questões relativas à agricultura.

“Quero preservar o meio ambiente, mas não como vem sendo feito. O meio ambiente será respeitado, mas não vai mais haver perseguição ao trabalhador rural, nem incentivo a essa indústria de multas”, afirmou.

Entre os nomes já escolhidos, temos a Musa do Veneno para Agricultara, um que pediu desculpa pelo Caixa 2 na Casa Civil, o que prendeu seu rival nas eleições na Justiça, um anti-europa nas Relações Exteriores, querendo mudar colocou um diretor de Dilma na Infraestrutura, o astronauta cotista que plantou feijão no espaço para Ciência e Tecnologia e também o nome dos religiosos para a Escola sem Partido – que apesar do patriotismo, ficou para um Colombiano.

Magno Malta

Este ministério pode ser a “marmita” que faltava ao deputado Magno Malta (PR/ES), que não conseguiu vaga nas eleições deste ano. E tentar acalmar os religiosos, irritados com o presidente eleito.

A indicação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania irritou a bancada evangélica. São 180 deputados dispostos a se rebelar caso não tenha cargos na Esplanada.

Quem é Osmar Terra comparado ao Magno Malta?”, questiona o pastor Silas Malafaia. Este já é o segundo entrave com colegiado. O primeiro foi quando Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar a sugestão dos evangélicos.

“Aprendi uma coisa: gratidão é memória do coração”, diz o pastor, que recentemente gravou um vídeo em apoio ao senador capixaba. Segundo Malafaia, para Bolsonaro na campanha, Malta “esqueceu a campanha dele e tomou ferro”. Agora ficou a ver navios.

Magoado

O senador Magno Malta (PR/ES) deixou Brasília dizendo estar “magoado e machucado”, após ter sido preterido mais uma vez pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), no Ministério da Cidadania. Malta, aquele que puxou a reza de Bolsonaro em cadeia nacional. E que também rezou ao lado do futuro presidente, em seu leito no hospital, após ser esfaqueado.

Ele viajou para se isolar num sítio, reclamando estar entre os últimos a serem convocados. “Vou receber a marmita?” Até agora nem isso. Malta acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão pelo veto ao seu nome.

Ministros anunciados