Resultados preliminares dos estudos clínicos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca aumentam as esperanças mundiais no enfrentamento da covid-19.
O imunizante, que está na fase 3, mostrou eficácia de 90% com a administração de meia dose, numa primeira etapa, e de uma dose completa, na segunda. Ou seja, pelo levantamento, não são necessárias duas doses completas para cada indivíduo, como se avaliava inicialmente.
Isso significa que um maior número de pessoas poderá ser vacinada com uma quantidade menor do imunizante. A descoberta fez a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produzirá as doses no Brasil, prever a vacinação de 136,5 milhões de pessoas em 2021. Ainda falta a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas a intenção é de que as doses comecem a ser aplicadas até março.
A estimativa é 30% maior do que a prevista anteriormente pela Fiocruz. “No primeiro semestre, teríamos 100,4 milhões de doses para oferecer a 50,2 milhões de brasileiros. No entanto, com esse protocolo anunciado, as mesmas 100,4 milhões de doses poderão ser utilizadas na vacinação de cerca de 65 milhões de pessoas”, indicou o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger. “No segundo semestre, com a produção 100% nacional na Fiocruz e mais 110 milhões de doses, poderemos vacinar mais 71,5 milhões de pessoas. Isso coloca o país numa posição privilegiada entre as nações que terão um grande número de doses para as suas populações.”
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, comemorou a mudança prevista no esquema vacinal que beneficiará mais pessoas. “Essa vacina deixa de ser uma candidata promissora para ser uma vacina que será produzida pela Fiocruz e uma resposta à saúde pública brasileira”, destacou.
A Fiocruz assinou um acordo de transferência total de tecnologia com a Universidade de Oxford e com a AstraZeneca para produção do imunizante no Brasil, que será feita pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
O processo de transferência tecnológica da vacina deve ocorrer em duas etapas. No primeiro momento, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), que é a matéria-prima da vacina, será enviado pela AstraZeneca ao Brasil para que as primeiras doses do imunizante sejam preparadas e comecem a ser distribuídas, em março. Num segundo momento, a partir do meio do ano, após ter a incorporação tecnológica concluída, o Bio-Manguinhos será capaz de produzir o IFA de maneira independente.
Continua depois da publicidade
Segundo o diretor do Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, o preço da vacina de Oxford é uma das vantagens. “Estamos trabalhando dentro do cronograma previsto, com uma expectativa de produção de 210,4 milhões de doses em 2021, com um valor por dose extremamente acessível, entre US$ 3 e US$ 4 (cerca de R$ 16 a R$ 22) e uma vacina que pode ser armazenada e transportada na temperatura de 2°C e 8°C, podendo ser distribuída e armazenada utilizando toda a logística já existente no Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, enfatizou. Numa comparação, a vacina da Pfizer, por exemplo, precisa ficar a uma temperatura de -70°C, o que seria um problema para o Brasil, que não tem esse tipo de logística de armazenamento.
Balanço
Enquanto a população ainda não tem acesso à solução contra a covid-19, o Brasil sofre diante da possibilidade de uma segunda onda da doença. A atualização do balanço de casos do novo coronavírus feita pelo Ministério da Saúde, ontem, confirmou mais 16.207 diagnósticos positivos e 302 óbitos, em 24 horas. Com isso, o Brasil soma 6.087.608 de confirmações e 169.485 vidas perdidas.
Segundo o Portal Covid-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP), o país deve atingir, hoje, a marca de 170 mil vítimas da covid.
Com os novos números, as médias móveis de casos e mortes oscilam. De acordo com análise do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), por dia, morrem 496 pessoas e há acréscimo diário de 30.163 casos.
O Ministério da Saúde chegou a formalizar a intenção de compra da CoronaVac por meio de um ofício enviado ao diretor do Butantan, em outubro, mas o presidente Jair Bolsonaro cancelou o documento. Em novembro, o chefe do Planalto recuou e disse que pode comprar a vacina. No entanto, ainda não há nada oficialmente decidido. (MEC)
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar todos”, você concorda com o uso de TODOS os cookies.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.