27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Há risco de alta de hospitalizações por Covid em setembro, diz Ministério da Saúde

Variante delta, diminuição da proteção das vacinas e afrouxamento das regras sanitárias são motivos para preocupação

Foto: Sérgio Lima/Poder360

Demorou, mas a vacinação contra Covid-19 avançou no Brasil. 80% da população adulta recebeu ao menos uma dose da vacina e quase 62 milhões, ou 38%, já completaram a imunização. Só que isso ainda não afasta os perigos de uma nova onda da pandemia no país.

O Ministério da Saúde já trabalha com a possibilidade de uma alta nos casos de Covid-19 no mês de setembro, e também de hospitalizações. O relento é que com o avanço da vacinação, ao menos o número de óbitos não cresça no mesmo período.

Os imunizantes muitas vezes podem até não impedir a infecção pelo novo coronavírus, mas diminuem seus efeitos e impedem o agravamento da doença.

Assim como medidas de higiene pessoal, como uso de álcool gel e máscaras de proteção. Que, aliás, não devem deixar de ser usadas tão cedo, apesar do desejo do presidente Jair Bolsonaro.

A variante delta, mais contagiosa, e a diminuição da proteção das vacinas na população mais idosa, a primeira a se imunizar, estão entre as explicações para a preocupação com a aceleração no número de casos. Enquanto isso, estados e municípios, avançaram na reabertura econômica e no afrouxamento das regras sanitárias.

Para tentar frear o crescimento das internações, a pasta vai aplicar a terceira dose da vacina nos imunossuprimidos e nos mais idosos, que começam a receber o reforço a partir de 15 de setembro.

Também foi reduzido o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca, melhorando a perspectiva de ampliação da cobertura vacinal no país.

Ao menos 100 milhões de pessoas, quase a metade da população brasileira, ainda não estão completamente imunizadas, o que permite que o vírus ainda circule de forma acelerada.

A cobertura vacinal desejável, de pelo menos 90% da população imunizada com segunda dose até 31 de dezembro de 2021, segundo os pesquisadores Guilherme Werneck, Ligia Bahia, Jessica de Lima Moreira e Mário Sheffer.