O Brasil segue a sua triste saga com a morte batendo às portas de todos, sem que isso escandalize ou sensibilize grande parte da sociedade nos dias atuais.
São pessoas que incorporaram o pensamento e alma do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, que nesta quarta-feira, 7 de abril, em Foz do Iguaçu (PR) desconsiderou completamente as vítimas da Covid-19 no País.
Ao ser questionado sobre os números – mais de 340 mil mortes, vítimas da pandemia – o presidente reagiu aos costumes, para o delírio dos apoiadores: – Não vamos chorar o leite derramado.
Isso vai além da tristeza, muito além da tortura da alma. Isso vai direto e célere pelo caminho mais tortuoso da mediocridade.
Mas, é assim: Os medíocres se reconhecem. Operam juntos, agem irmanados e reverberam em uníssono.
Não chorar o leite derramado é relevar a dor alheia, é desconsiderar quem morreu, é não ter empatia, nem compaixão para com as famílias que perderam seus entes para uma doença que arrasa o País. É descartar a essência humana.
Infelizmente, a mediocridade vive a escalar meios de garantir a própria existência, sobretudo no poder. Daí lapidam frases escandalosas que caem bem ao gosto de quem os segue ou admira.
Triste, mas o Brasil virou essa excrescência com o sorriso cúmplice de uma gente que cultua as bolhas de egos e nelas vão alimentando suas idiossincrasias.
Isso não muda e tende a se fortalecer na forma como tudo foi programado, para que esses valores e costumes sobrevivam a toda e qualquer reação de quem quer que pense diferente.
É o conluio que perverte o sentimento e o amor à vida